Vertigens

Como se Raduan Nassar – esse filho de libaneses que fez poesia do romance – fosse recriado na procacidade do vidrinho do argentino Luis Gusmán, os fragmentos de Vertigens despejam as suas imagens a partir de uma erótica que mama de vários leites estrangeiros e, centralmente, da poesia como estrangeira da língua, ou da poesia entendida como exercício de “exílio” da prosa.
O resultado: um português gozosamente inventado e, portanto, desencaixado de todo imaginário de correção e regionalização, dúctil para acompanhar a fluência de cenas de uma corporalidade fugidia e nua. Poderíamos nos perguntar se, em Vertigens, os corpos são a língua (puro imaginário) e os corpos habitados pelo desejo a poesia, mas a vertigem está aqui precisamente na nunca tornada ilusão de movimento, na imobilidade de um corpo que vê-se, contudo, sacudido pelo movimento, tropo, da metáfora. Então: nada de respostas, nada (o quase nada) de enredo ou de intrigas.
Fita e não filme, Vertigens opera então, nas caminhadas desse olho algo reflexivo, certa persistência, um ritornello pelo qual o antropofágico final poderia se colar ao inicio, como se nada finalmente tivesse acontecido e a instantaneidade da imagem ganhasse da progressão da prosa, pois sempre houve aqui menos uma amalgama que uma luta amorosa, o impossível acasalamento ou copula do corpo e da letra, impossibilidade que impulsiona o desejo e que convoca não só (algo neobarrocamente) os materiais escorregadios (lesma, salivas, geleias) que neste percurso (ao gosto do leitor) vamos tocando, mas principalmente a própria língua, fluida e aberta a um dizer poético do mundo.
– Pablo GaspariniProfessor de literaturahispano-americana da FFLCH-USP

Resenha:

Eu recomendo fortemente o livro de Wilson Alves-Bezerra, "Vertigens". É uma obra muito bem escrita e intensa. A trama é envolvente e nos faz sentir as emoções fortes e profundas que são narradas. O autor consegue passar uma verdadeira carga emocional na narrativa. O livro aborda temas como a amizade, a lealdade, a traição, o amor e a dor.

A história conta a saga de um grupo de amigos que enfrentam as adversidades da vida e as diferentes crises que encontram. Os personagens são muito bem desenvolvidos e temos a oportunidade de conhecer melhor o seu passado e o seu presente. O autor consegue descrever muito bem as suas nuances de personalidade, o que torna a leitura ainda mais interessante.

Uma das principais características do livro é a forma como o autor nos transporta para o mundo desses personagens. Consegue nos fazer sentir as suas dores e alegrias, como se estivéssemos lá conhecendo cada um deles pessoalmente. Uma outra qualidade deste livro é a forma como as cenas são descritas. O autor nos faz sentir como se estivéssemos vivenciando as cenas, o que torna a leitura muito mais realista.

Este livro foi uma leitura muito enriquecedora para mim. O autor tem um estilo único de contar histórias, que é muito envolvente e nos faz sentir emoções fortes. É uma excelente oportunidade para quem quer ler algo diferente, fora dos típicos livros de ação. Eu recomendo fortemente a leitura de "Vertigens", de Wilson Alves-Bezerra.

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