Tudo começa com um grito: do androcentrismo ao feminicídio, de Alek Honse, é um livro maravilhoso que oferece uma compreensão profunda do movimento feminista e sua crescente influência na sociedade. O livro aborda os temas de androcentrismo, machismo e outras formas de opressão das mulheres. Alek Honse é hábil em destacar as raízes históricas desses fenômenos, bem como as consequências que eles têm para a saúde mental e física das mulheres. Ele também destaca os movimentos sociais e políticos iniciados pelas mulheres, enfatizando a forma como as mulheres lutam para mudar a sociedade e erradicar a discriminação de gênero. O livro inclui entrevistas com mulheres em locais de todo o mundo que testemunharam ou sofreram o androcentrismo, o machismo e o feminicídio. Esta narrativa humanizada é enriquecedora e cativante. Alek também nos oferece a oportunidade de compreender como os problemas da desigualdade de gênero se manifestam em nossa sociedade e o que podemos fazer para mudar isso. Eu recomendo Tudo começa com um grito para todos que estão interessados em aprender mais sobre o movimento feminista global e sua crescente influência na sociedade. É uma leitura obrigatória para qualquer pessoa interessada em mudar a sociedade e lutar contra a desigualdade de gênero.
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A história é contada pelos vencedores, sempre foi assim, mas não precisa ser. Nenhuma espécie da natureza tem as fêmeas subjugadas pelos machos, somente na espécie humana isso acontece.E acontece porque os machos, os homens se sentem vencedores na evolução. Não é verdade. Somos todos iguais independente de qual seja nosso genêro. Homens e mulheres existem para que juntos a espécie possa continuar existindo.Em algum momento dos últimos 200 mil anos os homens decidiram que as mulheres eram inferiores e incapazes e isso levou ao androcentrismo: o homem no centro das coisas, relegando à mulher um papel secundário.Neste livro traço uma linha do tempo mostrando como esse processo se deu e foi se normalizando ao longo dos séculos, a ponto de as vitimas dessa violência estrutural não perceberem que elas podem e são muito mais que meras coadjuvantes na sociedade.Esse processo de desconstrução já se iniciou, mas ainda levará muito tempo para que acabe de vez.A religião, a politica, a academia sempre relegaram à mulher as sobras do que foi proposto no mundo, mas engana-se quem pensa que todas as mulheres abaixaram a cabeça. Desde Lilith até Beauvoir, inúmeras outras mulheres lutaram pela igualdade. E outras tantas continuam lutando.Esse livro fala sobre isso. E fala sobre os tipos de violência que são praticadas diuturnamente contra o genero não masculino. Também traz uma seção com locais seguros onde as vitímas podem pedir ajuda.Nenhum homem acorda pela manhã e do nada pensa:” Hoje acordei com vontade de espancar ou matar minha companheira”. Isso não acontece. O caminho da violência contra a mulher vai sendo desenhado ao longo do relacionamento. Primeiro um grito em reservado, depois já na presença de amigos ou familiares, mais trade um puxão de cabelo, um aperto mais forte no braço. Cada uma dessas etapas vai sendo vencida pelo agressor, como uma criança testando o limite da paciência dos pais. Até que vencidas as barreiras anteriores começa a agressão fisica e que muitas vezes chega ao feminicídio. É preciso que logo no inicio as mulheres cortem o mal pela raiz. E o agressor vai usar de todas artimanhas para se desculpar,, prometer que não fará de novo. A mulher precisa ser forte para entender qual o momento ela está vivendo e não deixar o monstro crescer.Desejo que este livro possa ajudar muitas mulheres, mas no fundo ele foi escrito para os homens. Eles precisam entender que mulher alguma é sua propriedade, que ao se unir a uma mulher ele não se torna dono dela e que ela continua sendo livre para fazer o que quiser, como e onde quiser. Se ele não aprova, que termine o relacionamento com maturidade e siga seu caminho.
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Autor: Alek Honse
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