Eu recomendo o livro "Tomar a Terra, sem o Povo: A história de 1967 na perspetiva jurídica" de Noura Erakat para aqueles interessados em estudar a história do conflito israelense-palestino. O livro é uma leitura importante para qualquer pessoa interessada em conhecer melhor o direito internacional e a história da Palestina. O livro aborda a história da região desde 1967, a partir de uma perspetiva Jurídica. Erakat usa um conjunto variado de fontes, incluindo documentos e livros acadêmicos, para destacar as nuances jurídicas dos eventos que levaram ao conflito, bem como os efeitos posteriores.
O livro discute o papel de diversas organizações internacionais e formas de direito internacional na formação do conflito, e aborda questões valiosas relacionadas ao direito internacional humanitário, à discriminação, à ocupação militar e à segurança dos direitos humanos. O livro fornece uma perspectiva única e profundamente informada sobre os direitos humanos e a proteção internacional da Palestina, e seu conteúdo é preciso e acessível para aqueles que têm pouco conhecimento do direito internacional.
O livro de Erakat se destaca por sua análise perspicaz e comentários críticos sobre a história do conflito israelense-palestino, permitindo aos leitores uma compreensão mais profunda das questões jurídicas envolvidas. Seu conteúdo não só é profundamente informativo, mas também é escrito de forma acessível para aqueles com pouco conhecimento prévio. O livro é um excelente local para quem começa a estudar o direito internacional e a história palestina, pois fornece informações claras e precisas sobre esses temas.
Portanto, recomendo vivamente que aqueles interessados em estudar o direito internacional e a história do conflito israelense-palestino leiam "Tomar a Terra, sem o Povo: A história de 1967 na perspetiva jurídica" de Noura Erakat. É um livro informativo e acessível que fornece análise detalhada e profunda sobre os direitos humanos e a proteção internacional da Palestina.
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Neste estudo mostra-se como Israel aplicou de maneira estratégica a Lei de Ocupação dos Territórios Palestinos, de forma a apoderar-se progressivamente da terra palestina, excluindo este povo. Expõe-se como Israel usou a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU com o respaldo norte-americano para retroactivamente legitimar conquistas coloniais. Em si mesmos, os elementos que fazem parte deste raciocínio não são novos e foram longamente discutidos pela literatura jurídica, política, científica e histórica. As questões que haviam sido mantidas distintas e separadas no interior dos respectivos limites disciplinares, são neste estudo tratadas como um todo, onde as partes se reforçam mutuamente, demonstrando como a posição política dos Estados Unidos efetivou o que, de outra forma, seria um argumento legalmente falido, e mostrando ainda de que modo as deliberações do Conselho de Segurança deram a Israel amplo espaço de manobra, não obstante as intenções iniciais dos seus redactores. Examinando a relação entre lei e poder político, o artigo aponta para o modo como, nos conflitos internacionais, o equilíbrio de poder assenta no sentido e na importância da lei. Assim, a incapacidade da Lei de Ocupação para regular a ocupação dos Territórios Palestinos reflete, em última análise, o desenlace de uma disputa, não jurídica, mas política. Não fossem as políticas de poder que moldam as relações internacionais na região, a argumentação legal israelense que defende que os territórios estão apenas sob a sua administração não teria valor nenhum.
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Autor: Noura Erakat
