Sport x Grande Imprensa: desde 1987, de Costa Filho Francisco de Assis Costa Filho, é uma importante obra sobre o papel da imprensa na história do Sport Club do Recife desde 1987. O livro aborda a história do futebol pernambucano e a interação entre o Sport e os meios de comunicação de maneira muito detalhada, profunda e minuciosa.
Uma das características que tornam essa obra tão especial é que ela abrange todos os principais acontecimentos do futebol pernambucano entre 1987 e 2018. O autor Costa Filho Francisco de Assis Costa Filho mostra os grandes acontecimentos, tão bem como os detalhes menores.
Uma outra característica ótima do livro é que ele fornece a perspectiva de todos os lados. A obra abrange os principais jogadores, dirigentes e membros da imprensa, mostrando os acontecimentos desde vários pontos de vista.
Outro ponto forte deste livro é a abordagem das mídias sociais. O autor mostra como as mídias sociais têm alterado a forma como o Sport é visto e também como a imprensa tem lidado com elas.
Em suma, Sport x Grandes Imprensa: desde 1987 é uma obra imperdível para todos aqueles interessados na história do Sport Club do Recife. O cuidado com que o autor conta a história e a profundidade com que aborda os vários aspectos do futebol pernambucano tornam esta obra muito especial. Recomendo a leitura deste livro a todos aqueles interessados na história do Sport Club do Recife desde 1987.
No final de 2017, o Supremo Tribunal Federal deu um basta na maior polêmica do futebol nacional: o Sport Club do Recife é o campeão brasileiro de 1987. Mas o tema principal do livro-reportagem Sport x Grande imprensa: desde 1987 (Editora Mídia, 386 páginas, R$ 45,00), do jornalista paraibano Costa Filho, é a exclusividade da conquista leonina e a forma tendenciosa com que a grande imprensa tratou – e ainda trata – o assunto. A obra é produto do Mestrado em Jornalismo Profissional da Universidade Federal da Paraíba concluído pelo autor de 2017. Segundo Costa Filho, o maior adversário do Sport, em 1987, não foi o Flamengo nem o Clube dos Treze, mas, sim, a denominada grande imprensa. “A mídia, concentrada nos grandes conglomerados de comunicação localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, teve papel decisivo no processo de mitificação de ‘estórias’ absurdas sobre o Brasileirão 87, o que contribuiu para acirrar a disputa judicial e, principalmente, confundir a opinião pública”, garante o autor. Para o autor, o desafio foi provar que, embora respaldada juridicamente e mesmo contando com a chancela da CBF, a conquista do Sport jamais obteve o pleno reconhecimento da chamada grande imprensa. “Meu objetivo principal foi analisar a atuação da grande imprensa em relação à cobertura daquele evento esportivo. A constatação é que há marcas insofismáveis de tendenciosidade, manipulação e omissão jornalísticas”, diz.Dentre os mais de 50 entrevistados, destacam-se personagens importantes como Carlos Miguel Aidar (idealizador e primeiro presidente do Clube dos Treze), Homero Lacerda (presidente do Sport em 1987), Márcio Braga (presidente do Flamengo 1987), Juca Kfouri (editor da revista Placar em 1987) e o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo Tribunal Federal. Como ponto alto das entrevistas, Costa Filho destaca o trecho em que Aidar afirma que o C-13 tinha plena consciência de que o cruzamento dos módulos verde e amarelo estava previsto no regulamento da competição. “Diferentemente do que é propalado nas mesas redondas dos programas esportivos, o Dr. Aidar revela que, antes mesmo de o campeonato começar, todos os integrantes do Módulo Verde sabiam da disputa da quarta fase e que, mesmo assim, resolveram seguir adiante na briga contra a CBF”, afirma.O autor destaca a entrevista de Márcio Braga. “Em um determinado trecho da entrevista, o ex-presidente do Flamengo resume, numa só frase, tudo o que eu buscava comprovar ao longo da minha pesquisa. Ele diz o seguinte: ‘A grande imprensa considerava aquele Módulo Amarelo como se fosse segunda divisão, já que os grandes clubes, todos que estavam no Módulo Verde, seriam a primeira divisão de futebol’”, observa. Para ratificar suas impressões em relação à vexatória cobertura da grande imprensa do Brasileirão 87, Costa Filho aplicou, como metodologia, análise textual de matérias publicadas nos principais jornais do País, como Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Placar, num minucioso trabalho de pesquisa com abrangência no período compreendido entre 1982 e 2017. Esse trabalho analítico se estendeu ao site GloboEsporte.com, com estudo feito a partir de 2010.
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