Eu recomendo o livro "Se Deus Me Chamar Não Vou" de Mariana Salomão Carrara. Esta obra de ficção trata das relações entre jovens e religião, abordando questões como a fé, o amor e a dor. O livro é narrado pela protagonista, uma jovem brasileira que enfrenta o desafio de seguir sua fé em meio às pressões de sua família e do mundo ao seu redor. A narrativa é escrita de forma a conquistar o leitor, encorajando-o a refletir sobre os temas expostos no decorrer da trama.
Ao longo do livro, a protagonista descobre novas maneiras de lidar com suas dúvidas, angústias e inseguranças. Isto ocorre durante o seu processo de amadurecimento, em que ela se vê diante de escolhas, desafios e dúvidas sobre sua fé e religião. É interessante ver como a autora analisa as questões de forma acessível e interessante para o leitor.
Além disso, o livro traz à tona a relação entre crenças, diferenças culturais e expectativas. A protagonista é confrontada com a divergência de ideias entre seus familiares, amigos e com o mundo ao seu redor, mostrando que é possível encontrar a felicidade mesmo em meio ao caos. Esta obra nos ensina que a felicidade está nas pequenas coisas e fundamentada na fé, o que torna o livro uma leitura única.
O livro "Se Deus Me Chamar Não Vou" é uma obra que merece ser lida. É uma leitura instigante e divertida que toca em temas profundos e nos ensina a lidar com as escolhas e desafios da vida. A autora aborda de forma acessível e interessante as questões abordadas, tornando-o um livro que vale a pena ser lido.
Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem.
A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho. Ao menos uma menina que, como ela, cresce e cria suas perguntas entre os objetos de uma “loja de velhos”. Ali elas já nascem antigas, frescas e pesadas, doce feito da mais dura poesia. Maria Carmem nasceu no fim. Sendo assim, do que interessa a idade? Como ela mesma diz, “é possível que um lápis pareça estar novo, mas todo quebrado por dentro”.
É assim, toda quebrada por dentro, que ela desconstrói o mundo diante de si, o mundo adulto que cria regras e não as obedece, o mundo escolar, tudo: “na aula de matemática o problema dizia que um menino e uma menina precisavam calcular quantas laranjas levar ao parque se os convidados meninos comiam tantas e as meninas só mais tantas cada uma.
E eu escrevi que não era pra levar nenhuma, que tudo é mentira, ninguém vai junto a parque nenhum nessa vida”. É também assim que ela junta e faz pergunta e faz poesia com tudo o que se ergue e desmorona, os pais, deus, o amor, o corpo, a morte, o difícil que é entender o amor dos outros.
Quando crescer, Maria Carmem vai ser escritora. Mas Maria Carmem já cresceu e já é. Esse livro é uma generosidade de sua poesia. Uma oportunidade de a gente crescer com ela.
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