Eu recomendo o livro Rinha de Galos de María Fernanda Ampuero. É um livro muito bem escrito que captura a realidade dura da vida dos jovens que vivem na periferia de Lima, Peru. O livro segue a vida de Jorge, um adolescente de dezesseis anos que se torna um lutador de galos. O livro é emocionante e tocante, pois mostra as consequências e desafios que a vida dos pobres pode trazer.
Apesar de tratar de um tema difícil, a autora consegue capturar os sentimentos e as ideias dos adolescentes que vivem na periferia de Lima. Ela também descreve detalhadamente a cultura local, mostrando como as pessoas lidam com a violência, as drogas e a miséria. Ao longo da narrativa, Jorge e seus amigos enfrentam desafios e aprendem lições sobre a vida, ensinamentos importantes para qualquer leitor.
Rinha de Galos é uma leitura envolvente e emocionalmente agradável. A trama é única e a escrita da autora é brilhante. Ela consegue mostrar as mazelas e a realidade cruel das ruas, bem como a esperança e o otimismo de Jorge e de seus amigos. É um livro que você só pode apreciar ao lê-lo.
Se você quer experimentar um livro fora do comum, com personagens fascinantes, Rinha de Galos é a escolha certa. A autora captura bem os sentimentos e as experiências das pessoas que vivem na periferia de Lima. Você sentirá como se estivesse lá. Então certifique-se de ter algum tempo livre pois você estará preso na narrativa de María Fernanda Ampuero.
Em Rinha de galos, seu primeiro livro de contos, a equatoriana María Fernanda Ampuero seleciona um texto do poeta argentino Fabián Casas como epígrafe para, de alguma maneira, antecipar o que virá nas páginas seguintes: “Tudo que apodrece forma uma família”. Este é um livro sobre os laços e sua brutalidade quando se rompem, quando são atravessados pela perversão; um livro sobre como o espaço familiar, que deveria ser de proteção e segurança, é, em muitos casos, o lugar no qual se concretizam as violências mais indescritíveis, aquelas que deixam cicatrizes permanentes. “À noite, galos gigantes, vampiros, devoravam minhas tripas, eu gritava, e ele vinha à minha cama e voltava a me chamar de mulherzinha”, escreve em “Leilão”, o primeiro e chocante relato, que põe em primeiro plano o corpo e sua vulnerabilidade. Nestes contos há mulheres e meninas que assistem a filmes de terror para se acostumar a lidar com monstros; salta à vista a terrível desigualdade do Equador, que se replica em toda a América Latina; a vida cotidiana é interrompida, atacada por uma violência generalizada. As relações de poder são reproduzidas no lar: talvez a crueldade seja a norma nos contos de Rinha de galos porque Ampuero a conhece e a entende, porque sua escrita tem uma íntima relação com a beleza e a violência.
Mariana Enriquez
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