Recomendo o livro "Retrato do Brasil: Ensaio sobre a tristeza brasileira" de Paulo Prado para todos aqueles que desejam compreender e dialogar com o Brasil. Nesse ensaio, o autor nos oferece uma crítica profunda e contundente ao cenário político e social brasileiro, expondo as características que contribuem para o abatimento de nossa nação. Ao mesmo tempo, ele faz uma ressignificação das questões que nos assolam, revelando as fontes de resistência, de esperança e de força que se encontram diariamente entre nós. É um livro que nos faz refletir, questionar e dialogar com nosso país.
Este é um livro que nos ajuda a nos conectar com as nossas dores e nossas esperanças, pois Paulo Prado inquieta o leitor sobre as questões existenciais que vivenciamos e nos provoca a buscar novas maneiras de pensar e agir. Foi escrito com a intenção de fazer um retrato do Brasil, mas que, ao final, passa a ser também um retrato do próprio leitor. É um livro que nos permite sair da passividade e nos impulsiona a buscar um Brasil melhor, mais justo e mais humano.
O livro de Paulo Prado dedica-se ao estudo dos fatores que contribuem para a tristeza brasileira, mas também às possibilidades que temos de mudar o nosso cenário. Ele nos lembra que a esperança é sempre a última palavra e que nós, brasileiros, somos capazes de nos reinventar e sairmos do empasse em que nos encontramos. É um livro que nos provoca a olhar para o nosso país com outros olhos, nos ajudando a compreender a realidade brasileira e nos incentivando a mudá-la.
Retrato do Brasil é um livro que nos ensina que a tristeza brasileira tem sua origem na falta de solidariedade e de humanidade. É um livro que nos ensina que podemos superar nossas dificuldades e nos faz acreditar na resistência, no amor e na força que existe em nós. É um livro que nos faz acreditar que o caminho para a mudança passa pela nossa capacidade de nos reinventarmos e de nos comprometermos com a busca de um Brasil melhor.
Numa terra radiosa vive um povo triste. Legaram-lhe essa melancolia os descobridores que a revelaram ao mundo e a povoaram. O esplêndido dinamismo dessa gente rude obedecia a dois grandes impulsos que dominam toda a psicologia da descoberta e nunca foram geradores de alegria: a ambição do ouro e a sensualidade livre e infrene que, como culto, a Renascença fizera ressuscitar.
Dessa Renascença surgira um homem novo com um novo modo de pensar e sentir. A sua história será a própria história da conquista da liberdade consciente do espírito humano. É assim que a volta ao paganismo — se teve um efeito desastroso para a evolução artística da humanidade que viu estancada a fonte viva da imaginação criadora da Idade Média — é assim que o retorno ao ideal antigo teve como melhor resultado o alargamento, para assim dizer, das ambições humanas de poderio, de saber e de gozo.
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Autor: Paulo Prado
