Eu recomendo fortemente o livro "Quem quer (pode) ser negro no Brasil?" escrito por Rodrigo Ednilson de Jesus. É um livro emocionante e provocativo sobre o racismo e o preconceito no Brasil, com uma abordagem impressionante. Ao longo do livro, o autor faz um retrato claro do racismo no país e analisa a maneira como o racismo está profundamente enraizado na cultura brasileira. Ele também discute as consequências do racismo, e como ele afeta a vida de pessoas negras no Brasil.
O autor aborda vários temas importantes, como a política racial, a desigualdade econômica e racial, e a discriminação racial. Ele também discute a história do racismo no Brasil e como ele se manifestou ao longo dos anos. O autor também destaca a importância de se lutar contra o racismo e sugere maneiras de se fazer isso. Além disso, ele explica como a cultura afro-brasileira é reconhecida e valorizada hoje em dia.
Embora o livro fale sobre o racismo, ele não é um livro triste ou angustiante. O autor usa sua habilidade impressionante de escrita para contar histórias poderosas sobre pessoas negras que lutam e superam os desafios da vida. Estas histórias servem como um lembrete de que todos precisam lutar para mudar o racismo e de que é possível vencer.
O livro é muito bem escrito e um dos melhores que li sobre o racismo no Brasil. Eu recomendo que todos que estiverem interessados em entender o racismo e o preconceito no Brasil leiam este livro. É um livro que vale a pena ler, pois oferece uma visão única e provocativa para um tema tão importante.
Ao longo da primeira década deste século, a UFMG incentivou políticas de ações afirmativas para minimizar as desigualdades no acesso da população negra ao ensino superior. Em 2009, implementou a política de bônus, além de exigir uma autodeclaração racial. Porém, a partir de 2017, emergiram denúncias de fraudes, evidenciando uma incompatibilidade entre o modo como os candidatos se veem (autodeclaração) e o modo como os demais estudantes, de modo particular os negros, os enxergam (heteroidentificação).
Como resultado desse movimento, a UFMG criou mecanismos complementares: os procedimentos de heteroidentificação racial; fundamentais no debate sobre as identidades raciais do brasileiro e do Brasil. Em um país onde se declarar, ou ser identificado como negro sempre foi visto como algo negativo, tal prática introduz duas perguntas inéditas: “Quem quer se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?” e “Quem pode se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?”
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