Quase de verdade

Lançado postumamente, em 1978, Quase de verdade tem como protagonista a força da fantasia e do pensamento na transfiguração da “realidade”. Ao lado de Água viva (1973), A hora da estrela (1977) e Um sopro de vida (1978), obras destinadas ao público adulto, o infantojuvenil se caracteriza pela radicalização do mergulho na linguagem e do questionamento de conceitos como realidade/fantasia, verdade/mentira, normalidade/mágica.“Pois não é que vou latir uma história que até parece de mentira e até parece de verdade?”, diz o narrador, Ulisses, que assegura: “sou um cachorro quase normal. Ah, esqueci de dizer que sou um cachorro mágico: adivinho tudo pelo cheiro: Isto se chama ter faro.”Nesta obra, marcada pelo traço autobiográfico, a história que Ulisses “late” para sua dona, Clarice, é apenas o ponto de partida para o mergulho num mundo fantástico. Com vontade de “ganhar muito dinheiro”, uma figueira invejosa “que não dá figos” traça um plano para obrigar galinhas a colocarem ovos continuamente. Ajudada por uma bruxa, a árvore consegue ficar acesa todas as noites, como se o sol batesse nas suas folhas. As galinhas, “pensando que era sempre dia”, passam a produzir ovos sem descanso. No entanto, as aves decidem se rebelar e “exigir seus direitos”. Estrategicamente, se posicionam no alto dos galhos da figueira “ditatorial”, a fim de que os ovos se quebrem ao caírem no chão. Por fim, o plano se frustra, o feitiço acaba e a paz retorna ao galinheiro.

Resenha:

Eu recomendo fortemente o livro “Quase de verdade” de Clarice Lispector. É um livro único e profundamente poético, que trata sobre a existência humana e a sua relação com o divino. É uma obra que nos faz repensar nossa própria existência, e nos estimula a perceber as nuances no mundo, que muitas vezes passam despercebidas.

A narrativa deste livro, escrita em prosa poética, é extremamente fluida. A forma como Clarice Lispector descreve os cenários e os personagens nos leva a imaginar a cena como se estivéssemos lá. A escrita também é cheia de imagens e metáforas que nos ajudam a ter uma compreensão mais profunda do que está sendo dito.

A estrutura narrativa deste livro é diferente de muitos outros, e isso é uma de suas características mais interessantes. Clarice Lispector explora temas como a morte, o amor, a solidão, a religião e a vida, mas sem seguir uma linha narrativa tradicional. Cada capítulo é como uma pequena obra de arte em si mesmo.

Além disso, “Quase de verdade” de Clarice Lispector nos ensina a olhar para o mundo com uma nova perspectiva. Os personagens do livro são vistos como membros da sociedade, mas também como partes de uma maior unidade. É uma leitura profundamente humana, cheia de sentimentos, que nos deixa com uma sensação de compaixão e entendimento.

Se você estiver à procura de uma obra que combine poesia e profundidade, eu recomendo vivamente que leia “Quase de verdade” de Clarice Lispector. Esta obra nos incentiva a olhar além de nossas próprias vidas e nos ajuda a entender melhor a humanidade como um todo.

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