Eu recomendo fortemente o livro "Prisioneiras" de Drauzio Varella. Ele vai além de uma leitura simples e mergulha em profundidade nas realidades da vida na prisão. O autor usa uma abordagem direta e honesta para descrever as vidas das mulheres presas. Drauzio Varella não é apenas capaz de descrever as vidas difíceis destas mulheres, mas também de mostrar sua força, esperança e determinação. Ele nos dá um vislumbre da realidade das mulheres dentro dos presídios brasileiros, além de nos lembrar da necessidade de nos unirmos para mudar essa realidade.
O livro nos transporta para o passado, nos mostrando como a realidade das mulheres presas evoluiu ao longo do tempo, mostrando o que mudou, o que permaneceu e o que ainda precisa ser feito. Além disso, Drauzio Varella apresenta as histórias de várias mulheres, que são tão reais quanto os personagens de seus livros. Estas mulheres nos mostram sua força e orgulho ao enfrentar as dificuldades da vida na prisão. É uma leitura obrigatória para todos aqueles que desejam entender melhor o que acontece no sistema prisional brasileiro.
Apesar de ser um livro sombrio, o livro também traz uma mensagem de esperança e reconciliação. O autor nos mostra que as mulheres presas são humanas e merecem dignidade, justiça e amor. O livro não apenas nos ajuda a compreender suas realidades, mas nos desafia a lutar por mudanças. É um livro que nos faz pensar sobre os nossos próprios preconceitos, nossos medos e nossos próprios limites.
Se você estiver procurando por uma leitura fascinante e inspiradora, eu recomendo "Prisioneiras" de Drauzio Varella. O livro nos mostra que, na vida, existem muitas formas de superar os desafios e encontrar esperança mesmo em meio à escuridão. É uma obra que todos deveriam ler.
O trabalho de Drauzio Varella como médico voluntário em penitenciárias começou em 1989, na extinta Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru. Os anos de clínica e as histórias dos presos, dos funcionários e da própria cadeia seriam retratados nos aclamados livros Estação Carandiru (1999) e Carcereiros (2014).Em 2017, Drauzio encerra sua trilogia literária sobre o sistema carcerário brasileiro com Prisioneiras. Alçando as mulheres encarceradas a protagonistas, o médico rememora os últimos onze anos de atendimento na Penitenciária Feminina da Capital, que abriga mais de duas mil detentas. São histórias de mulheres que não raro entram para o crime por conta de seus parceiros — inclusive tentando levar drogas aos companheiros nas penitenciárias masculinas em dias de visita —, porém que são esquecidas quando estão atrás das grades. As famílias conseguem tolerar um encarcerado, mas não uma mãe, irmã, filha ou esposa na cadeia.As casas de detenção femininas guardam suas particularidades — diferenças às quais o médico paulistano dedica atenção especial em sua narrativa. Desde a dinâmica dos atendimentos e a escassez de visitas até os relacionamentos entre as presas, fica nítido que a realidade das prisões escapa ao imaginário de quem vive fora delas. Prisioneiras é um relato franco, sem julgamentos morais, que não perde o senso crítico em relação às mazelas da sociedade brasileira.
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Autor: Drauzio Varella
