Recomendo o livro "Política e cultura no governo de Dom João VI: imprensa, teatros, academias e bibliotecas (1792-1821)" de Juliana Gesuelli Meirelles. É um livro que aborda a cultura e a política na época do governo de Dom João VI em Portugal. O livro é muito bem escrito e tratado, com muitos detalhes e uma narrativa acessível. Além disso, contém muitos recursos que tornam a leitura interessante e fácil de entender.
O livro oferece uma visão detalhada dos principais acontecimentos políticos e culturais durante o governo de Dom João VI. Desde sua ascensão ao trono, ao exílio brasileiro, o livro mostra como as decisões de Dom João foram fundamentais para o crescimento cultural deste período. A autora inclui também uma análise dos desenvolvimentos culturais através da imprensa, teatros, academias e bibliotecas, mostrando como cada um foi essencial para a consolidação da cultura e do governo de Dom João.
Além disso, a autora inclui também uma análise dos principais personagens durante o período. Ela expõe o papel de Dom João na formação das academias, bibliotecas, teatros e imprensa, assim como sua influência em outras áreas como a educação, arquitetura e economia. A autora também inclui uma análise dos principais intelectuais desta época, contribuindo para um melhor entendimento dos acontecimentos culturais e políticos da época.
Por fim, é uma ótima leitura para qualquer pessoa interessada na história de Portugal e de Dom João VI. O livro fornece uma base completa para qualquer um que deseja entender melhor a cultura e política deste período. De maneira geral, recomendo fortemente o livro "Política e cultura no governo de Dom João VI: imprensa, teatros, academias e bibliotecas (1792-1821)" de Juliana Gesuelli Meirelles.
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“D. João: personagem fundamental na história luso-brasileira, que em meio às máscaras do cargo e aos poucos vestígios que deixou, fez com que sua personagem fosse, regra geral, uma criação pessoal dos historiadores que forjaram e continuam forjando sua história. Muito já se escreveu sobre o soberano em si mesmo ou acerca de seu governo. No entanto, várias lacunas ainda existem na historiografia sobre seu papel e sua política. Dessa forma, o livro que Juliana Gesuelli Meirelles apresenta ao público contribui para preencher um novo espaço em nossa historiografia acerca de D. João, cuja figura ocupa um lugar especial no imaginário dos brasileiros, como salientou o antropólogo Roberto DaMatta. Jovem historiadora, que há alguns anos trabalha com temáticas que envolvem o período joanino no Brasil, Juliana traz agora um olhar inovador sobre os diversos sentidos da política cultural durante a governança de D. João no mundo luso-brasileiro entre os anos de 1792-1821. Demonstra grande sensibilidade ao analisar, a partir da ótica da ilustração luso-brasileira, as especificidades da política cultural joanina por meio de quatro pontos fundamentais desse conjunto tanto em Lisboa quanto no Rio de Janeiro: a imprensa interatlântica, os Reais teatros, as Reais Academias Militares e as Reais Bibliotecas Públicas da Corte. Dessa forma, traz à luz a ação do Estado monárquico voltada para tais espaços de saber, demonstrando essa política como uma prática governativa da Coroa em sua ação em relação ao todo da sociedade daquela época, com exceção de uma grande parcela da população, ou seja, a dos escravos. No entanto, tal política cultural contribuiu para se apreender as constantes trocas não só entre diferentes segmentos da sociedade, como também entre mundos distintos.Utilizando-se de um rico conjunto de fontes, Juliana consegue, a partir de leituras diversas e de um texto escrito com clareza, mapear o processo de construção da política cultural de D. João, combinando enfoques da história cultural e da nova história política. Por conseguinte, traz ao público leitor, em geral, novas informações e leituras que possibilitam a compreensão de um período histórico que abriu caminhos para a divisão do Império Português e para a construção de um novo Império – o Império Brasílico – em 1822.”
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