Pilatos e Jesus

A profissão de fé cristã contém um único nome próprio (ao lado daqueles de Jesus e da virgem Maria) que é totalmente estranho ao seu contexto teológico: o do pagão Pôncio Pilatos. Figura inusitada na liturgia cristã, e segundo Nietzsche “a única dos Evangelhos que merece respeito”, Pilatos é o autor de frases memoráveis, como “O que é a verdade?”, “O que escrevi, escrevi” e o fastídico “Ecce homo, eis o homem!”, pouco antes de entregar Jesus ao suplício.
Neste breve e contundente ensaio Agamben mostra como, no encontro fugaz entre Pilatos e Jesus estava em jogo um evento enorme e inédito, para além do drama da paixão e da redenção. Neste encontro irreconciliável entre o “mundo dos fatos” e o “mundo da verdade”, provoca Agamben, como nunca em outro lugar na história do mundo, a eternidade cruzou a história em um ponto exemplar. O temporal foi atravessado pelo eterno.
Desdobrando esta recíproca perfuração entre os dois mundos – história e eternidade, sagrado e profano, juízo e salvação – situada no âmago da religião cristã que a modernidade secularizou, Agamben nos remete aos mais candentes impasses da contemporaneidade. A pergunta chave que Pilatos e Jesus desvenda é: por que o cruzamento entre o humano e o divino, o histórico e o a-histórico, tem a forma de um processo? E que processo é esse? O que é, afinal, um processo sem juízo? E o que é uma pena (neste caso, a crucificação) que não deriva de um juízo formal?

Resenha:

Eu recomendaria o livro "Pilatos e Jesus" de Giorgio Agamben a qualquer pessoa interessada em conhecer melhor a história da civilização ocidental. O livro aborda a questão do poder político e religioso na cultura ocidental, através de uma análise detalhada das relações entre Pilatos e Jesus. Esta análise é feita apoiando-se na leitura de textos antigos, filosofia e história.

Agamben trata da questão da relação entre religião e política, através da comparação entre a vida e as ações de Pilatos e Jesus. O livro estuda as leis da época, a cultura judaica e a história da República Romana. Além disso, a comparação entre Pilatos e Jesus é usada para discutir o papel da religião e do poder político na cultura ocidental.

O livro oferece uma análise crítica do papel da Igreja Católica na formação da civilização ocidental. Ele analisa a relação entre o estado e a igreja, discutindo a natureza do poder e as relações entre o Estado e a Igreja. Ao fazer isso, o livro oferece uma crítica importante da igreja e do papel do catolicismo na cultura ocidental.

Esta obra é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em profundizar o seu conhecimento sobre a história da cultura ocidental. A análise profunda feita por Agamben sobre a relação entre religião e política, e sobre o papel da igreja na cultura ocidental, torna este livro uma leitura obrigatória para qualquer estudante de história. Eu recomendo fortemente esta leitura.

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