Eu recomendo fortemente o livro Pensando como um Negro: Ensaio de Hermenêutica Jurídica, escrito por Adilson José Moreira. Ele aborda questões profundas sobre a hermenêutica, de maneira acessível e direta. O livro oferece ao leitor uma visão ampla e única do sistema jurídico, especialmente considerando o contexto das relações raciais.
Moreira mostra como o direito foi usado, historicamente, para reforçar e institucionalizar a desigualdade racial. Ele explora a relação entre o direito e a cultura e a maneira como o direito reflete a visão de mundo de quem o cria. Ele discute como a hermenêutica jurídica pode ser usada para lutar contra as desigualdades raciais e explorar a necessidade de mudança.
Moreira aborda questões importantes, como a necessidade de inclusão de mulheres e minorias, a interseccionalidade dos direitos humanos, e a importância de uma abordagem mais ampla para a aplicação da lei. Ele também discute como a hermenêutica jurídica pode contribuir para a busca da justiça social, ao proporcionar uma nova maneira de olhar para o direito.
Este livro mostra que o direito e o sistema legal não são neutros, mas refletem a realidade social em que vivemos. Ele oferece uma abordagem inovadora para a hermenêutica, que pode ser usada para melhorar a aplicação da lei e ajudar a construir uma sociedade mais justa. Recomendo este livro como uma leitura interessante e provocadora para todos os estudantes e profissionais de direito.
Por meio de um estudo integrado entre narrativas pessoais e análises teóricas, este livro revela a importância do pertencimento social na hermenêutica jurídica.
Nele se aborda um tema ausente nas reflexões sobre hermenêutica no nosso país: o papel da raça no processo de interpretação jurídica. A relevância desse tópico decorre do seu lugar central na discussão sobre a legalidade de medidas de inclusão racial e também dos debates sobre as disparidades de tratamento entre grupos raciais no sistema penal.
Afirma-se, com grande eloquência, a necessidade de considerarmos a experiência de minorias raciais como parâmetro normativo para a análise do princípio da igualdade, um requisito para o alcance da justiça racial na nossa sociedade.
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