Parem de Nos Matar

Todas as vezes que surge uma personagem negra estereotipada como essa nos programas de entretenimento aos domingos, a segunda-feira das crianças e adolescentes negros na escola será um filme de terror que se estenderá por semanas, meses e anos, a depender da duração da personagem na tevê. E os familiares dessas crianças perderão horas, dias, semanas e meses preciosos de educação, lazer e fruição ensinando-as a reagir, a não sucumbir, a manter a cabeça erguida, a preservar o amor próprio diante de tanta violência direcionada e objetiva. Os exemplos racistas da televisão também inspirarão situações de discriminação racial na escola, minimizadas por professoras e professores cansados e despreparados, para dizer o mínimo. As crianças e adolescentes negros que não tiverem tido as lições de sobrevivência do amor-próprio ministradas em casa se sentirão sozinhos, desprotegidos e injustiçados. Um dia perderão a paciência e poderão chegar às vias de fato com colegas racistas, como último recurso de autodefesa. Então serão taxados de violentos, serão estigmatizados na escola, perderão o estímulo para permanecer naquele ambiente, evadirão com facilidade e a redução da maioridade penal será apontada como solução para retirá-los mais cedo do convívio social e puni-los por terem reagido, da maneira que lhes foi possível, à opressão racial.

Resenha:

Eu recomendo o livro "Parem de Nos Matar" de Cidinha da Silva. É um livro extremamente emotivo e tocante, que examina o impacto do racismo estrutural no Brasil. O livro é diferente de outros livros sobre o assunto, porque as narrativas de Cidinha da Silva são muito mais próximas e pessoais. A escrita é fluida e poderosa, e os sentimentos são retratados com grande credibilidade.

O livro aborda diversos aspectos da discriminação racial, desde preconceitos e discriminação estrutural até questões como vítimas de violência policial. É um trabalho importante que ajuda a esclarecer o que acontece na vida real e o quanto os afrodescendentes são afetados pela discriminação.

Cidinha da Silva expõe seus sentimentos sobre o assunto com uma voz poderosa. Ela tem uma visão única sobre o racismo e aborda o assunto de uma perspectiva muito humana. Ela não usa nenhum tom discursivo; em vez disso, seus relatos são muito sinceros e oferecem uma visão profunda sobre o que é ser negra no Brasil.

Cidinha da Silva é uma voz importante e única na luta contra o racismo. Ela mostra como o racismo afeta a vida de milhões de pessoas e como as desigualdades se estendem até o nível mais íntimo da existência. O livro é um relato imprescindível sobre a experiência dos afrodescendentes e sobre a resistência à opressão.

Eu recomendo fortemente este livro como uma leitura essencial para todos aqueles que querem se aprofundar na discussão sobre racismo e discriminação. É uma obra prima que ajuda a expandir nossas perspectivas e compreender melhor como a discriminação racial é uma realidade cotidiana.

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