Opala & CIA: Edição 28

Os dois exemplares da versão Comodoro cupê em destaque na capa desta edição de Opala & Cia, além de se diferenciarem nos detalhes de estilo e radicalmente no visual, também testemunham duas fases distintas na trajetória do charmoso cupê da linha Opala. Enquanto o Comodoro 1975, uma raridade em perfeito estado original, é um legítimo representante da fase de ouro desta versão no mercado brasileiro, o modelo personalizado, fabricado em 1988, marca a última série de produção deste cupê.De versão preferida pelos consumidores nos anos setenta, o Opala cupê acabou ficando esquecido na segunda metade dos anos oitenta, o que provocou, inclusive, a desativação de sua produção em 1988. Este fato curioso marca também duas épocas distintas no desenvolvimento do mercado brasileiro, no qual durante cerca de duas décadas os modelos de duas portas tiveram a preferência dos consumidores, contrariamente ao que sempre foi comum no resto do mundo.No caso do Opala, esta preferência era equilibrada pelo fato da versão de quatro portas ser comumente utilizada por executivos de empresas, frotistas e também como táxi. Mesmo assim, durante a década de 1970 e começo dos anos oitenta, o cupê tinha a preferência do comprador particular, algo que também se comprovava na hora da revenda, quando um cupê usado valia bem mais do que um quatro portas do mesmo ano. Isso só começou a mudar em meados da década de 1980, quando o mercado brasileiro passou a se comportar como o resto do mundo. Vale destacar que, na mesma ocasião, o Diplomata de quatro portas se tornou basicamente o único modelo de prestígio em nosso mercado. Tudo isso se refletiu rapidamente em acentuada queda nas vendas do cupê, o que acabou provocando o fim de sua produção, para tristeza de seus fãs.Ainda nesta edição, mostramos também a curta trajetória do Chevette Junior no mercado brasileiro e, acreditem, um Maverick. Isso mesmo! Um Ford Maverick, porém, repotenciado com o “seis canecos” de Opala. Santa heresia! Outro destaque é a jovem estudante de engenharia mecânica que conta sua paixão pela linha Chevrolet em Meu Opala. Por fim, também detalhamos todo o histórico das características faixas da versão SS e mostramos como restaurar corretamente esta versão esportiva.