
Oleg
“Bom, a pinta do personagem a gente vê mais tarde… Por enquanto imagino ele com minha cara, é mais fácil…”
Oleg é quadrinista. Há mais de vinte anos, sua vida gira em torno do desenho e da criação de histórias. E tudo isso vinha fluindo naturalmente, até os últimos dias, quando a criatividade parece patinar. Os projetos se sucedem, mas a convicção não está mais presente – como se, em algum lugar, a inspiração tivesse se perdido. Oleg então escava, procura e reflete. Ao seu redor, há o grande e vasto mundo – veloz, mutável, moderno, desestabilizante, inexorável. Um eremita assumido, mas também um atento observador, Oleg é a testemunha involuntária deste mundo em constante mudança, que traz sua parcela de eventos e surpresas, tanto boas quanto ruins. E acima de tudo, há seu próprio e pequeno mundo: a esposa, com quem compartilha a existência há duas décadas, e sua filha, agora em plena adolescência.
Apenas vinte anos após Pílulas azuis, Frederik Peeters volta a contar sua história, mas desta vez troca o “eu” pelo “ele” e, usando seu avatar “Oleg”, apaga suas pegadas e se esquiva da armadilha da trivialidade. Por meio dessas crônicas da vida contemporânea – por vezes engraçadas, incisivas, comoventes e até surpreendentes –, ele levanta (parcialmente) o véu que cobre seu trabalho e seu cotidiano de artista, e, ao fazê-lo, aponta uma série de contradições que assombram nosso tempo: a ultramodernidade tecnológica e o pensamento reacionário, o culto à superficialidade e a busca pela autenticidade, a superabundância e a confusão.
Mas Oleg também pode ser lido simplesmente como uma bela declaração de amor do autor àqueles que lhe são mais próximos – e como um lembrete de onde reside a força que nos permite sublimar o banal e enfrentar a adversidade.
Resenha:
Eu recomendo o livro Oleg de Frederik Peeters. É uma narrativa única e fascinante sobre uma vida que parece impossível de ser vivida. A história se passa em algum lugar entre o oeste da Rússia e a Mongólia, e acompanha um homem chamado Oleg. Ele é um ex-prisioneiro que decide embarcar em uma viagem para encontrar o seu verdadeiro lar. Pelo caminho, ele encontra diversos personagens inesperados, desde ciganos a crianças órfãs, e o leitor se vê diante de um mar de personagens interessantes que enriquecem e dão profundidade à narrativa.
A escrita de Peeters é extremamente natural e fluida, e nos coloca dentro da jornada de Oleg. A história é contada de forma poética e, às vezes, com um toque de melancolia, mas sempre com a sensação de esperança de que as coisas vão melhorar. As ilustrações em preto-e-branco dão o tom certo ao livro e, às vezes, nos permitem adentrar na mente de Oleg. A arte, por sua vez, é muito bem trabalhada, com detalhes sofisticados e trabalho meticuloso.
Em suma, Oleg é uma obra de arte em termos de história e de arte. É uma narrativa profunda e emocionante que irá tocar o seu coração e sua mente. Recomendo fortemente este livro para qualquer pessoa que aprecie uma narrativa bem trabalhada, cheia de personagens interessantes e desafiadora. Oleg é uma leitura obrigatória para todos que buscam uma aventura para embarcar.
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