Eu recomendo fortemente o livro "O retorno do real" de Hal Foster para todos os interessados em entender o papel da arte contemporânea na atualidade. O livro examina como os artistas reagem ao mundo de hoje, abordando temas como visualidade, cultura material, capitalismo e ação política. O autor enfoca a importância da arte como forma de resistência e comunicação, assim como a responsabilidade do artista de conscientizar o seu público.
O livro de Hal Foster aborda temas específicos em profundidade, como o papel da arte na crítica social, o uso da história e cultura visual na construção de significado e as contradições da cultura contemporânea. Ele também aborda a importância do pensamento crítico para os artistas e como a arte pode contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária.
Foster fornece muitos exemplos de arte contemporânea para ilustrar seus argumentos, desde obras de arte conceituais até vídeos e instalações. Ele também enfatiza como os artistas transformam os materiais, os meios e as formas para criar trabalhos que trazem novas perspectivas para os assuntos contemporâneos.
Em suma, "O retorno do real" de Hal Foster é uma leitura obrigatória para todos aqueles interessados em entender o papel da arte contemporânea na atualidade. O livro traz um olhar profundo e perspicaz sobre as contradições da cultura contemporânea, as possibilidades da resistência e do pensamento crítico, além de exemplos de obras de arte contemporânea. É uma leitura valiosa para artistas e intelectuais.
Neste livro, Hal Foster interpreta a História da Arte como um sujeito regido pelo modelo psicanalítico lacaniano, no qual operaria o retorno do real, isto é, a alternância de antecipações e reconstruções de eventos traumáticos. Esse mecanismo se manifestaria tanto nos movimentos neovanguardistas no contexto histórico, como no próprio objeto principal da arte contemporânea – o real.
Para Foster, que parte de uma concepção dialética inspirada por sua leitura de Marx, a neovanguarda, longe de ser uma mera repetição – tal qual a proposição de Peter Bürger exposta em Teoria da Vanguarda – seria uma recepção com resistência de algo que foi reprimido historicamente nas primeiras vanguardas. O construtivismo russo e o dadá duchampiano pós anos 60 seriam, portanto, um novo ciclo nos diversos ciclos que um evento histórico revolucionário acarreta. Outros exemplos seriam a teoria de Freud, seguido pela leitura de Lacan, e a de Marx, seguido por Althusser. Enquanto as vanguardas do início do século XX representaram um rompimento com as convenções estéticas, as neovanguardas direcionaram seu questionamento para a própria instituição da arte. Desse modo, elas representam um aprofundamento de sua versão anterior e cumprem um papel mais central na perspectiva da dimensão social da arte.
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Autor: Hal Foster
