Eu recomendo o livro "O que é uma ação? Pedro Auriol vs. Tomás de Aquino na Metafísica da Causalidade" de Pedro Rocha. Este livro é um grande trabalho de investigação filosófica, baseado na ação e causas da obra de Tomás de Aquino. É a primeira vez que a obra de um dos maiores pensadores da Idade Média, Tomás de Aquino, é analisada com tanto detalhe e profundidade.
O autor começa explicando a Metafísica da Causalidade, como foi introduzida por Tomás de Aquino, e como ela foi desenvolvida por Pedro Auriol. Ele discute, então, como as diferenças entre as visões de Aquino e de Auriol se manifestam na noção de ação, e como elas afetam a compreensão da ação humana. O autor também examina a relação entre as teorias de Aquino e Auriol e a possível influência destas no pensamento moderno.
A investigação de Rocha é surpreendentemente profunda e convincente. Ele explora de forma minuciosa as implicações de cada teoria, e demonstra como elas afetam a compreensão da ação humana. Além disso, ele fornece uma abordagem aprofundada e crítica da obra de Thomas de Aquino. Está claro que o autor dedicou muito tempo e esforço à sua investigação, e o resultado é um livro extremamente bem escrito e convincente.
Eu recomendo fortemente este livro para qualquer pessoa interessada na Metafísica da Causalidade, na obra de Tomás de Aquino, e na própria filosofia da ação, pois ele oferece uma análise profunda e convincente de todos estes assuntos. É um livro essencial para aqueles interessados em se aprofundar nos assuntos, e para aqueles que desejam começar a explorar a Metafísica da Causalidade.
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Este artigo recupera um debate historicamente importante sobre o status ontológico da ação de um agente. Quando uma substância física age sobre outra qual é o estado ontológico da atividade causal pela qual a primeira move a segunda? De acordo com a posição aristotélica sobre a ação defendida ao longo do século XVII, os agentes causam seus efeitos imediatamente. Não há nenhuma entidade causal interventiva pela qual um agente causa uma mudança em seu paciente. A ação do agente é o próprio movimento ou mudança que o agente causa. Este artigo examina o intrigante desenvolvimento de Tomás de Aquino da posição aristotélica e a crítica incisiva de Pedro Auriol. Auriol afirma que a ação de um agente físico deve ser realmente distinta, causalmente antes, e separável do movimento que o agente causa. Auriol afirma que as ações são entidades causais dinâmicas e fugazes que existem desde que um agente esteja iniciando um movimento. A recuperação da posição de Auriol desafia uma narrativa histórica padrão que sustenta que, através do início do período moderno, os filósofos pensavam que as causas devem ser objetos estáveis persistentes. As opiniões de Auriol mostram que entidades causais transitórias, como forças e eventos, popularizadas em meados do século XVIII, têm um legado no pensamento medieval. Além disso, a posição de Auriol de que a ação é uma entidade realmente distinta e separável do movimento antecipa uma importante mudança no pensamento histórico sobre a natureza do movimento e sua capacidade de persistir sem uma causa ativa.
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Autor: PEDRO ROCHA
