Autor: Pedro Paulo da Luz
O perdão do Zequinha
A criança então revida para se defender da agressão ou por raiva ou por medo de ser agredida novamente.
A partir dos dois anos começa o desenvolvimento do juízo moral, isso quer dizer que a criança gradualmente vai construindo seus valores de acordo com aquilo que ela observa e vivencia na convivência com os adultos. Esses valores irão ajudá-la a construir o autocontrole, assim, poderá utilizar de outros meios para resolver os conflitos sem ser a agressão.
Ensinar valores morais é necessário para que nossos filhos construam capacidades humanas – do pensar, do sentir e do saber fazer – somente assim eles desenvolverão o que há de bom neles mesmos, sobrepondo o instinto animal. É neste ponto que o papel dos pais é fundamental em não ensinar o revide.
Se revidar é natural, por que não ensinar a revidar?
Revidar é natural, mas não deve ser considerado por nós pais como uma atitude normal, já que normalizar a agressão apenas fará com que a violência se perpetue em nossa sociedade.
O que nós pais temos que ter em mente é precisamos ensinar nossos filhos a fazerem escolhas diante de conflitos. Revidar não é uma escolha, é ação do instinto animal.
Este livro é um recurso lúdico que ajuda os pais a ensinarem a seus filhos a força do perdão em nossos relacionamentos e como devemos agir diante das agressões que recebemos sem que a agressão seja também a nossa resposta para o outro, além de mostrar que não devemos rotular os outros pelo seu comportamento, porque nunca sabemos o que verdadeiramente se passa em seu coração.
QUAL É O ENREDO DO LIVRO?
O personagem Zequinha era sempre vítima dos beliscões de Joãozinho, mas ele nunca revidava nenhum beliscão e com isso conseguiu ajudar Joãozinho oferecendo a ele o seu perdão. Mas a história não acaba por aí e continua ao revelar que Joãozinho era um menino triste, mas tinha um grande sentimento escondido e foi por causa do perdão de Zequinha que ele conseguiu se tornar um menino feliz.
Resenha:
Eu recomendo o livro "O Perdão do Zequinha", de Pedro Paulo da Luz, para quem deseja ler uma história que aborda temas profundos de forma sensível e profunda. A narrativa, muito bem construída, nos apresenta ao pequeno Zequinha, um menino de 10 anos que busca compreender o significado do perdão, e com isso aprende muito sobre amizade, amor e aceitação, além de colocar em xeque o seu próprio senso de justiça.
A jornada de Zequinha nos leva a uma série de situações, algumas trágicas e outras divertidas, que nos ensinam a lidar com sentimentos como raiva, perdão, aceitação e reconciliação. O autor nos traz uma reflexão sobre as consequências de nossas ações e como elas podem afetar a vida das pessoas ao redor, nos ajudando a compreender melhor a nós mesmos e aos nossos relacionamentos.
Com o seu tom leve e divertido, o livro é uma excelente escolha para quem deseja ler sobre temas importantes com um enredo envolvente que traz emoção e empatia. O autor consegue abordar o tema do perdão com um olhar que envolve o leitor e o ajuda a refletir sobre a sua própria vida.
É uma leitura adequada para crianças, jovens e adultos, pois nos ajuda a compreender que a vida é cheia de momentos bons e ruins e que, às vezes, é preciso perdoar para que possamos seguir em frente. É a história de Zequinha, mas pode ser a nossa história também. Portanto, recomendo muito a leitura desse livro para qualquer pessoa que deseja refletir sobre o significado do perdão e sobre as suas próprias decisões.
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