Eu recomendo fortemente o livro "O insólito paira no ar: o mistério dos discos voadores nas crônicas de Rachel de Queiroz (1950-1960)" de Jorge Portela. Este livro é uma análise profunda e fascinante do assunto sobrenatural dos discos voadores e seu possível impacto na obra de Rachel de Queiroz. O livro contém uma extensa pesquisa sobre o tema e é muito bem escrito. O autor oferece um contexto histórico e cultural abrangente em que se deu o surgimento dos discos voadores, o que o torna ainda mais interessante. Além disso, o autor também apresenta diversas evidências e alegações que encorajam o leitor a refletir sobre o assunto.
O livro tem alguns capítulos dedicados à vida e à obra de Rachel de Queiroz, com destaque para seus contos sobre os discos voadores. O autor então conecta os romances de ficção de Rachel de Queiroz com as lendas, mitos e histórias de discos voadores existentes na América Latina. A partir disso, ele propõe a hipótese de que a obra da escritora pode ter sido influenciada pelo tema sobrenatural dos discos voadores.
O livro contém muitas informações interessantes sobre o assunto, o que o torna uma ótima leitura para aqueles interessados no tema. Além disso, o autor também faz uso de uma grande variedade de fontes, o que permite ao leitor analisar o assunto de vários ângulos.
Em suma, recomendo fortemente este livro para qualquer pessoa interessada no tema dos discos voadores e na obra de Rachel de Queiroz. É uma leitura fascinante e, com certeza, vale a pena dar uma olhada.
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Esta pesquisa analisa como as condições para a elaboração de representações feita pela cronista Rachel de Queiroz sobre os discos voadores foram propiciadas pelo elemento mistério, que esteve presente ao longo da história do fenômeno, limitada neste trabalho por um recorte que se estende de 1950 a 1960. O mistério condicionou a criação de uma expressão descritiva (flying saucer), propiciou o surgimento de hipóteses para a explicação do fenômeno (psicológica, terrestre e extraterrestre) e foi assumido como elemento central da problemática pelo termo técnico UFO (Unidentified Flying Object). A partir da comparação entre as crônicas publicadas por Rachel de Queiroz e os jornais cariocas, seguindo uma linha cronológica, consideraremos o discurso da autora como um produto resultante da relação da cronista com as condições de produção identificadas pela pesquisa como sendo a ficção cientifica de 1950, o debate sobre os discos voadores feito nos jornais cariocas e o momento inaugural da exploração espacial. Esses três elementos seriam responsáveis, respectivamente, pelo fator pessimista presente nas crônicas da autora, pela sua convicção na hipótese extraterrestre e pela crença na superioridade tecnológica alienígena. Busca-se demonstrar que o mistério sobre a natureza do fenômeno proporcionou a possibilidade da especulação, gerando assim essa representação. Da mesma forma, o posicionamento cético da cronista, manifestado em 1960, após avistar um OVNI, foi justificado pela falta de evidência que comprovasse alguma afirmação, sendo novamente o desconhecimento da natureza do fenômeno o motivo para a postura da cronista, nesse caso seu ceticismo. Desse modo, a pesquisa pretende apresentar o mistério como elemento condutor da reflexão sobre os discos voadores, representados por Rachel de Queiroz em suas crônicas.
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Autor: Jorge Portela
