O livro "O Guesa" de Joaquim de Sousandrade é uma leitura valiosa e envolvente. Ele conta a história de um grupo de pescadores que vivem uma vida simples e dura na costa brasileira em meados do século 19. A história é contada através dos olhos de Pedro, o narrador do livro. Joaquim de Sousandrade nos leva em uma jornada para conhecer e compreender os desafios da vida dos pescadores. O livro é escrito de forma fluida e densa, como se estivéssemos lendo um diário. Ele nos mostra a simplicidade e a beleza das paisagens naturais, bem como as descobertas da comunidade durante suas jornadas. O enredo é envolvente e emocionante, com reviravoltas inesperadas que nos movem o coração.
O livro também retrata de forma realista o cotidiano dos pescadores, mostrando como eles lidam com as adversidades, como o mau tempo, os perigos das águas e a escassez de peixes. Além disso, o livro aborda a questão da identidade cultural e do orgulho, e como isso afeta as relações interpessoais na comunidade.
Em suma, O Guesa é um livro incrível que oferece aos leitores uma visão completa e realista da vida dos pescadores da costa brasileira. É um livro que vale a pena ler, pois traz um enredo intenso, cheio de reviravoltas, bem como a beleza da natureza e a cultura de uma comunidade. É uma leitura ideal para aqueles que buscam compreender melhor a vida simples, dura e emocionante dos pescadores. Recomendo esse livro para quem gosta de histórias envolventes e culturais.
A edição atualizada de O Guesa, poema épico em doze cantos e um epílogo, de Sousândrade, foi realizada pela pesquisadora Luiza Lobo, com revisão técnica de Jomar Moraes, e o apoio da Academia Maranhense de Letras. Apresenta, pela primeira vez, o texto estabelecido em português atual e de acordo com a reforma ortográfica de 2009. As quatro edições anteriores do poema completo eram fac-similares. Sem dúvida o poema se tornará muito mais acessível, conforme aponta o acadêmico Antonio Carlos Secchin na quarta capa, quando afirma que “é dos livros mais citados e menos lidos do Romantismo brasileiro”. Após cinco anos de trabalho, Luiza Lobo apresenta um amplo leque de notas e referências, introdução e glossário contendo neologismos e palavras raras, inclusive estrangeiras. Estas não se limitam ao inglês, ao francês e ao espanhol, mas se estendem ao tupi, quíchua, holandês e ao grego. Também foi restabelecida a separação entre as estrofes, que tinha sido abolida na edição de Londres do Guesa, que serviu de base a este trabalho de amplo fôlego.O Guesa já foi tido por pré-modernista por Augusto e Haroldo de Campos, que o compararam ao imagismo de Pound. Afirma Benjamin Abdala Júnior que a literatura é feita de impactos, descontinuidades, subconjuntos, que variam com os tempos. Se algo sobrevive em Sousândrade, desde o romantismo, é sua capacidade de impactar o leitor. Não só pelo estilo “metafísico-existencial”, nas palavras dos Campos, como, também, segundo acentua a pesquisadora, na sua antevisão de uma América unida através do ideal então revolucionário de uma república democrática. E, principalmente, pela concepção de um indianismo que ultrapassasse as fronteiras do nacional, apontando um universalismo cultural sem fronteiras, hoje considerado fundamental para um mundo sustentável.
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