O Guardador de Águas, de Manoel de Barros, é um livro que recomendo vivamente. O tema central do livro é a vida rural e as memórias de infância que foram criadas ao longo dos anos. Através de uma abordagem poética, Manoel de Barros nos apresenta um retrato sensível e delicado da vida rural, que não é apenas narrar histórias, mas também um exercício de auto-reflexão.
O livro nos ajuda a compreender como o ambiente rural pode ser o lar de memórias e sentimentos profundos e como as experiências vividas no campo podem nos ajudar a compreender melhor o mundo ao nosso redor. O autor também nos dá uma visão através de suas memórias sobre como a vida rural, cheia de trabalhos duros e dificuldades, também pode ser cheia de amor e beleza.
O Guardador de Águas é escrito de maneira sensível e poética, tornando-o uma obra de arte. Cada palavra, cada frase, cada imagem criada pelo autor é uma verdadeira obra de arte e um testemunho da profunda compreensão que Manoel de Barros tinha da vida no campo.
Recomendo vivamente o livro O Guardador de Águas a quem procura entender melhor a vida rural e sua cultura. É uma obra de arte que nos ajuda a entender a beleza da vida e as complexidades da natureza humana. É uma leitura que com certeza marcará você para sempre.
Síntese primorosa do universo simbólico de Manoel de Barros, O guardador de águas subverte e contém toda a exuberância da natureza do Pantanal.Em O guardador de águas, Manoel de Barros duplica-se e cede a palavra a outro personagem, o Bernardo da Mata. Bernardo era empregado de sua fazenda e foi seu amigo de vida inteira. Em vários poemas, é Bernardo quem apresenta a fala primal da natureza que tanto caracteriza o poeta. Mas a poesia de Manoel não é ingênua, ela não ignora a teia estabelecida pela cultura. Ela desafia a lógica convencional, exercitando-se na metalinguagem. Este livro é feito de frases em mutação, que juntam as águas, o mato e os pequenos seres da mata. Mas não se deixem enganar: Manoel é muito maior que um “poeta pantaneiro”, expressão tantas vezes utilizada para defini-lo. É ele quem diz: “Não tenho em mente trazer contribuição para o acervo folclórico do Pantanal. Meu negócio é descascar as palavras, se possível, até a mais lírica semente delas”.
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Autor: Manoel de Barros
