O livro "O Diabo Foi Meu Padeiro", de Mário Lúcio Sousa, é uma obra fascinante, repleta de magia e mistério. A história gira em torno de uma família que foge de uma terra remota, caótica e misteriosa, e se depara com o terror do diabo que assume a forma de um velho padeiro. O livro combina elementos de terror, fantasia e aventura, e desafia o leitor a mergulhar em uma trama complexa e inesperada.
A narrativa de Sousa é fluida e envolvente, e ele consegue criar personagens memoráveis, bem como ambientes detalhados e incríveis. Os personagens são fortes e autênticos, e, como tal, tornam-se muito fáceis de se relacionar e sentir empatia. A escrita de Sousa é poética, cheia de metáforas e comparações interessantes, o que torna a leitura ainda mais cativante.
O livro também contém algumas lições interessantes sobre o poder do medo e da superstição em nossas vidas. Ele explora temas como a importância de resistir às forças das trevas e de lutar por aquilo em que acreditamos. Além disso, traz à tona questões profundas sobre a natureza da vida e do destino, refletindo sobre o que ocorre quando nos deparamos com o caos e a injustiça.
Portanto, recomendo fortemente "O Diabo Foi Meu Padeiro", de Mário Lúcio Sousa. É uma obra brilhante, que desperta a curiosidade e o interesse do leitor, ao mesmo tempo em que o desafia a pensar sobre assuntos profundos. O livro é repleto de cenas mágicas e criaturas fantásticas, que juntas criam uma trama envolvente, que prende o leitor até o final.
45 anos depois do fecho do Campo de Concentração do Tarrafal, toda a sua história num grande romance da lusofonia.A Colónia Penal do Tarrafal, criada durante o Estado Novo na ilha de Santiago, em Cabo Verde, foi estreada em 1936 com centena e meia de prisioneiros políticos vindos da metrópole, que era preciso afastar, enfraquecer e usar como lição. Embora as condições em que ali viveram esses e todos os outros que ali foram encarcerados sejam conhecidas (quase sem água, privados de higiene, doentes e sujeitos a torturas várias), nada melhor do que ouvi-las da boca de quem as sofreu na pele ou assistiu de perto a esse sofrimento.Nos 45 anos do encerramento do campo de concentração, Mário Lúcio Sousa, nascido no Tarrafal, toma a voz de vários prisioneiros chamados Pedro e chegados em diferentes vagas de Portugal, da Guiné, de Angola e até de Cabo Verde. E, ao relatar a história desta prisão terrível e de quem a foi dirigindo ao longo dos anos, o presente romance homenageia simultaneamente os que ali perderam a vida e os que sobreviveram ao horror e ainda os vários modos de falar uma língua que foi, tantas vezes, a que os tramou e a que os viria a salvar.
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Autor: Mário Lúcio Sousa
