O livro "O Corpo da Loucura na contemporaneidade: Um Manifesto Autoetnográfico" de Yuri Torres Paes Tripodi é uma obra que aborda questões fundamentais ao entendimento da loucura contida no corpo e sua relação com a contemporaneidade. O livro é lúcido, poético e elucidativo, com um olhar profundamente humanizado para questões de corpo, loucura e contemporaneidade.
A abordagem de Tripodi é holística e inovadora. Ele explora o tema da loucura usando uma variedade de abordagens, incluindo a sociologia, a antropologia, a filosofia, a psicologia, a história e a literatura. É uma obra que explora os meandros da realidade louca, tanto nos aspectos simbólicos quanto nos aspectos biofísicos. Ele explora os temas do corpo, da saúde mental, da relação entre o corpo e a mente, e da complexidade das relações entre a loucura e a contemporaneidade.
O livro é recomendado para leitores interessados em entender mais profundamente a loucura e as questões relativas à saúde mental. É uma obra que abre um leque de possibilidades para explorar e compreender as questões que permeiam a loucura e a contemporaneidade. É particularmente relevante para os profissionais da saúde mental, que podem usar os insights do livro para ajudar os pacientes a compreender melhor as questões que envolvem a loucura.
"O Corpo da Loucura na contemporaneidade: Um Manifesto Autoetnográfico" é uma obra profunda, poética e elucidativa, que aborda temas importantes para entender a loucura e a contemporaneidade. É um livro que oferece muitas oportunidades para os profissionais da saúde mental e também para os leitores interessados em explorar e compreender melhor as questões relacionadas à loucura e à saúde mental. Recomendo esse livro a todos aqueles que buscam uma perspectiva mais profunda e humanizada sobre a loucura.
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O Manifesto traz a experiência da autora diante das violências estruturais e cotidianas que perpassam sua vivência e das pessoas que possuem transtorno(s) mental(is). Debate a Psicofobia. Traz à tona torturas institucionais e domésticas; problematiza o internamento psiquiátrico e as falácias das classificações ‘delirantes’ da psicopatologia. Faz uma dura crítica à Ordem Mundial, principalmente por conta do seu caráter impositivo, coercitivo e violador. A partir de uma noção cunhada por Yuri Torres Paes Tripodi – Mente como Dispositivo de Controle – tece considerações sobre o desequilíbrio psíquico e como a estruturação da sociedade contemporânea promove o adoecimento e exclui, silencia e julga o sujeito neuro-divergente e(m) sua manifestação. Traça um breve histórico sobre a relação entre Raça, Psiquiatria e as políticas republicanas na pesquisa sobre eugenia e transtornos mentais no Brasil. Traz, na reflexão, uma distinção entre Loucura e transtorno mental – na proposição de Loucura como uma Ética de existência. O livro é um testemunho de sua experiência em um modo de organização da vida que instaura uma perseguição – política – contra corpos insubmissos e que contestam a realidade de forma enfática e consistente. Um retrato de uma luta contra violências e violações perpetradas por um sistema que autoriza a opressão que assola corpos neuro-dissidentes. A Verdade como Ética e a luta por uma sociedade de Direitos é a base da negação à Ordem Mundial. Para que(m) está servindo o dispositivo é uma das perguntas-chave para o entendimento dessa crítica. Com o Poder e a Força de sua experiência espiritual, enfrenta, sem medo, a física do poder e nega o controle total sobre as mentes e a matéria.
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