Eu recomendo fortemente o livro "O arianismo: A negação dos dogmas" de Pedro Paulo Fonseca. É um livro instrutivo sobre a doutrina ariana, seus historiadores, seus defensores e seus críticos. O livro trata de todos os aspectos dessa doutrina, desde as crenças básicas, passando pela história da doutrina, seus desenvolvimentos e sua influência na história da Igreja. Ele aborda também as raízes dessa doutrina, suas conexões com o cristianismo primitivo, bem como seu legado para a Igreja moderna. Além disso, o autor discute também a questão do uso do Arrianismo para combatê-lo, considerando os benefícios e desvantagens de tal aproximação. Finalmente, Fonseca aborda os diversos pontos de vista sobre a doutrina Arrianista, bem como as controvérsias envolvidas nessa discussão.
O livro é escrito em uma linguagem clara e acessível, porém ainda muito detalhada, o que torna a leitura interessante e envolvente. É repleto de citações de autores importantes, assim como de referências bibliográficas, o que mostra que a obra foi escrita com um trabalho de pesquisa minucioso. Além disso, o autor mostra-se totalmente imparcial no trato sobre os diversos pontos de vista envolvidos na discussão, mesmo aqueles que refutam a doutrina Arrianista. Por fim, o livro é enriquecido com ilustrações e tabelas que ajudam a compreender melhor o assunto.
Em suma, "O arianismo: A negação dos dogmas" de Pedro Paulo Fonseca é um excelente livro sobre a doutrina Arrianista. Ele trata de todos os aspectos dessa doutrina de forma completa e detalhada, e é escrito de maneira clara e acessível. É altamente recomendado para aqueles que desejam conhecer melhor essa doutrina, que tanto influenciou a história da Igreja e da teologia moderna.
O arianismo é um termo que agrupa um conjunto de controvérsias que dividiram a Igreja Cristã desde um pouco antes do Concílio de Niceia. A mais importante controvérsia tem a ver com a relação entre Deus Pai e Deus Filho. As grandes divergências arianas representavam para a unidade da Igreja, um grande perigo, e a causa real da luta estava nas diferentes interpretações. Destacou-se nesta disputa o presbítero Ário ou Arius de Alexandria, encarregado da igreja conhecido como Baucalis. Era já de certa idade e tido em alta conta como pregador de grande erudição, capacidade e devoção. Ário realçava que Cristo não era da mesma substância de Deus, tendo sido feito do “nada”, como as demais criaturas. Não era, por conseguinte eterno, embora o primeiro entre as criaturas e agente da criação do mundo. Cristo era, na verdade Deus em certo sentido, mas um Deus inferior, de modo algum uno como o Pai em essência e eternidade. No pensamento de Ário, por conseguinte, Cristo não era nem perfeitamente Deus, nem perfeitamente homem.“Se Deus é um, não pode ser três; monoteísmo (religião que cultua um só Deus) e Trindade excluem-se mutuamente, daí a negação da Trindade e dos dogmas cristãos.
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Autor: Pedro Paulo Fonseca
