Recomendo o livro "O amor de uma boa mulher" de Alice Munro como uma leitura fascinante e profunda. É um livro de contos que aborda temas variados, desde a descoberta da vida, do amor e dos relacionamentos, até ao final da vida, das escolhas que fazemos e do que realmente significa viver.
Ao ler este livro, descobrimos que a vida pode ser complicada, mas que é também incrivelmente rica, e que a maneira como fazemos as nossas escolhas é o que determina o destino. A escrita de Alice Munro é fluente e poética, e ela é capaz de contar histórias de forma a criar ligações fortes com os leitores.
Cada um dos contos deste livro apresenta personagens complexos, bem desenvolvidos, e que são facilmente relacionáveis. A maneira como estes contos se relacionam entre si também é fascinante, pois podemos descobrir muito mais sobre os personagens, o seu passado, o seu presente e o seu futuro.
Este livro é ideal para os leitores que procuram uma leitura profunda e emocionante. É também um livro que vale a pena ler mais do que uma vez, para desvendar todos os seus significados e simbolismos.
Eu recomendo fortemente este livro a todos que procuram uma leitura profunda e enriquecedora. É uma leitura que vai ensinar-lhe muito sobre a vida e sobre as escolhas que fazemos ao longo dela.
Em O amor de uma boa mulher – publicado originalmente em 1998 e vencedor, nos Estados Unidos, do National Book Critics Circle Award -, Alice Munro oferece ao leitor mais uma fornada de seus contos de fôlego, marcados pela destreza dos planos cinematográficos e pelo olhar duplo, ao mesmo tempo panorâmico e intimista. A canadense fez das pequenas cidades espalhadas pelo condado de Huron o território privilegiado de sua ficção e detecta nas franjas do meio rural aqueles indivíduos de algum modo deslocados da norma. A velhice, a doença, o transtorno mental ou a simples diferença com relação à maioria pontuam os textos. Em Munro, há uma intuição de que a condição feminina se conecta por vários caminhos com a marginalidade. Uma personagem do conto “Jacarta” sobrevive dando aulas de ballet depois que o marido jornalista supostamente morre num país distante; a protagonista de “Ilha de Cortes” deseja ser escritora, mas fracassa; Pauline, a jovem mãe de “As crianças ficam”, tem uma aparência peculiar que a faz ser convidada para interpretar o papel de Eurídice numa montagem teatral amadora, experiência que irá transformar a sua vida. Retrocedendo da atualidade à década de 1950, as narrativas flagram um período em que, para as mulheres, o trabalho muitas vezes servia apenas como um intervalo entre o casamento e a chegada do primeiro filho. Na verdade, tratava-se de um hiato particularmente propício ao desconforto, pois aqueles foram os anos que precederam a Revolução Sexual. A posição gauche dessas mulheres as aproxima de zonas mentais obscuras, colocando-as em xeque diante da vida social. É como se a precisão do roteiro traçado para os homens se opusesse à precariedade e à deriva dos destinos femininos.
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Autor: Alice Munro
