Recomendo o livro "O Aleph" de Jorge Luis Borges a todos os amantes da literatura. A obra é uma coleção de contos que destacam a excelente produção deste grande autor argentino. Os contos apresentam elementos de fantasia, mas são profundamente imagens de reflexão e contemplação existencial. A obra aborda assuntos como a complexidade das relações humanas, o tempo e o espaço, o mistério da consciência, o conflito entre a realidade e a imaginação, e outras questões fundamentais para o ser humano. O fantástico e o mágico também estão presentes na obra, tornando os contos ainda mais interessantes.
A escrita de Borges é muito clara, direta e objetiva. Ele tem um dom para contar histórias, e isso é perceptível em cada conto. O autor usa seus contos para nos levar a um lugar onde tudo é possível, e onde a ficção e a realidade se misturam. Além disso, ele discute e se aprofunda nos assuntos que aborda, fazendo com que o leitor se sinta transportado para um mundo de imaginação e reflexão.
O livro também possui um aspecto crítico importante. Os contos contêm uma crítica contundente da sociedade e de seus costumes. O autor aponta a hipocrisia, o individualismo, a alienação, a injustiça, a insensibilidade e outros problemas sociais.
Por fim, é importante destacar que "O Aleph" é um livro extremamente instigante e envolvente. O uso de metáforas, metonímias e símiles permite que o leitor se conecte com os personagens e compreenda melhor os temas abordados. Assim, este livro é recomendado para todos aqueles que querem conhecer melhor os contos de Jorge Luis Borges e ler uma obra que vai além da ficção.
Publicado em 1949, O aleph é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges. Em sua maioria, “as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”, esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a “realidade”: as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com “O imortal”, onde temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com “O aleph”, para o qual Borges deu a seguinte “explicação” em 1970: “O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço”. Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa idéia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
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Autor: Jorge Luis Borges
