Eu recomendo fortemente a leitura do livro "Nós, Abissais", do autor Eduardo Pacheco Santos. O livro nos conta uma história fascinante e emocionante, que nos envolve em suas emoções e nos faz mergulhar em um mundo inexplorado. A história começa com o protagonista, Ramiro, que é um jovem que vive em uma pequena aldeia na Amazônia. Após a descoberta de uma artefato misterioso, ele é enviado às profundezas do mar para desvendar seu segredo. A história segue Ramiro enquanto ele luta para descobrir a origem do artefato, e descobre uma civilização perdida que era conhecida como os Abissais. Ao longo da história, descobrimos mais sobre essa antiga civilização e os segredos que ela tinha escondido. A narrativa é dinâmica e fluida, e a história tem um ritmo frenético e excitante que nos mantém engajados durante todo o livro. Os personagens são interessantes e bem desenvolvidos, e nos fazem sentir empatia e envolvimento com eles. O mundo criado pelo autor é cheio de magia, mistérios e descobertas, o que torna a leitura ainda mais interessante. O livro é uma aventura épica, repleta de momentos inesperados e surpresas. É um livro incrível que todos deveriam ler, pois traz um mundo novo e fascinante para desbravar e descobrir. Portanto, eu recomendo fortemente a leitura de "Nós, Abissais" para todos os amantes de aventura, fantasia e mistério. Com certeza você se divertirá e se encantará com essa aventura maravilhosa.
“Somos velhas, a história e eu, mas ainda posso dizê-la, porque ainda estamos uma na outra. Esse corpo cansado, de couro puído, curtido por marés após marés, bem guardou aquela manhã. Guarda ainda, dentro, cada palavra que se meteu no repouso dos nossos remos, entre um e outro de seus mergulhos. Sob meu pai e eu, o Abismo ondulava como nunca se havia testemunhado.
Abismo era o rio. Um rio imenso como uma noite. Oceânico. Quando alguém prendia âncora à margem de cá, o fio do horizonte lhe escondia a margem de lá. Sobre a pele do Abismo, havia quem se perdesse e muito se demorasse sem avistar margem alguma. Mas, a despeito da imensidão, pouco se confundia esse rio com os mares. Sem a generosidade pulsante daqueles, o Abismo não nos devolvia suas águas. Não se dobrava diante de nós para reencontros. Não vinha a nós. Incessantemente, de longe para longe, o Abismo corria indiferente. Assim era. Contam que sempre foi. E ainda é.
Sobre essa correnteza, é bem verdade que revelo menos ao dizer rio do que revelo ao dizer Abismo.”
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