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Meus verdes anos (José Lins do Rego)

A característica memorialista de José Lins do Rego é expressada de diversas formas nas suas obras. Seja por meio dos fragmentos da sua vida que são impressas na jornada de Carlinhos, protagonista de três livros do Ciclo da cana-de-açúcar, ou até mesmo na forma que ele aborda o movimento do canganço em Pedra Bonita e Cangaceiros, ambos lançados pela Global Editora em 2022, ele explora seus sentimentos (de forma direta ou indireta) sempre com o dom que bons romacistas tem de reproduzirem suas próprias memórias em livros. Em Meus verdes anos isso fica evidente. Em Meus verdes anos, o autor continua com o contexto social e politico ainda muito presente, mas usa dos mesmos para contar um pouco das suas experiências na infância: a forma como chegou no engenho do avô, como observava a relação do senhor do engenho com seus empregados, a forma como se sentia solitário na vida, abandonado por todos ao seu redor. Ao mesmo tempo, contextualiza o espaço ao seu redor mostrando situações como a disparidade de poder, a fome, febres e outros problemas do engenho, tudo isso sem perder a qualidade ingenua e doce do olhar de uma criança. Zé Lins fecha o livro dizendo: "Lá se for a ele com os cantos que enchiam de alegria as minhas madrugadas de asmático. Lá se perdia ele para sempre, assim como estes meus verdes anos que em vão procure reter". Com um saudosismo claramente expresso nas suas palavras, ele fecha uma narrativa que é sobre infância, amadurecimento e uma época que não volta maisLeia mais

Resenha:

Meus Verdes Anos, de José Lins do Rego, é um livro maravilhoso que todos deveriam ler. A história é uma narrativa de memórias de infância de José Lins do Rego, contada com muita emoção e humor. O livro conta sobre a sua infância na cidade de Campina Grande, no Nordeste do Brasil, e a sua família. Ele conta como todos os dias eram cheios de aventuras e descobrimentos, e como ele e seus irmãos aprendiam sobre a vida a cada dia. O livro também aborda os problemas que ele tinha que enfrentar, como racismo, pobreza e a precariedade de um sistema educacional que não atendia as necessidades de seus alunos.

Meus Verdes Anos é escrito de forma fluida e envolvente. O autor consegue capturar a essência da infância e da vida na periferia, e aborda temas como o racismo e a desigualdade com sensibilidade. Ele também aborda questões mais profundas, como o amor, a família, a amizade e a fé. O livro é tão único e bonito que você não consegue parar de lê-lo.

Eu recomendo Meus Verdes Anos a qualquer pessoa interessada em ler sobre a vida na cidade de Campina Grande, o racismo e a desigualdade, ou simplesmente para passar um tempo lendo sobre a vida de uma família brasileira no Nordeste. É um livro maravilhoso, comovente e emocionante que todos deveriam ler.

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