O livro "Memória, Corpo e Cidade: Voguing como Resistência Pós-Moderna" de Roney Gusmão é uma leitura obrigatória para quem está interessado em estudar a cultura do voguing. O livro oferece uma visão profunda e abrangente sobre a história desta forma de expressão artística e como ela evoluiu para ser um símbolo de resistência e resistência à cultura hegemônica. Além disso, o livro destaca a importância do voguing como meio de autoexpressão e emancipação para jovens LGBTQIA + da comunidade LGBTQIA +.
O livro é organizado em três partes: memória, corpo e cidade. A primeira parte aborda o surgimento do voguing, a partir do Harlem Renaissance, como um meio de resistência política e cultural. A segunda parte aborda a importância do corpo na expressão do voguing e como isso é usado como um meio de expressão artística. Por fim, a terceira parte aborda a influência do voguing na cidade e como ele se tornou parte do cenário de resistência e empoderamento das comunidades LGBTQIA +.
O livro também destaca a importância da autoexpressão e da expressão artística como meio de resistência e do empoderamento. O autor argumenta que o voguing é muito mais do que uma forma de arte, mas sim uma forma de resistência que permite às pessoas da comunidade LGBTQIA + resistirem às normas e padrões estabelecidos pela sociedade. Além disso, o livro também aborda as nuances e a diversidade da cultura voguing, destacando a variedade de estilos, influências culturais e a influência da mídia.
Este livro é altamente recomendado para aqueles que estão interessados em estudar ou entender melhor o significado ea cultura do voguing. O autor oferece uma visão abrangente e profunda sobre a história desta forma de expressão artística e sua influência na sociedade, abordando temas importantes como resistência, autoexpressão e empoderamento. Além disso, o livro também aborda a importância da diversidade e da expressão artística como forma de resistência.
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É inspirado na recente notoriedade do voguing, que o autor pontua a criação de cenas de dissenso como posicionamento político oportuno nas metrópoles pós-modernas. Neste contexto, voguers nos ensinam que o corpo, a memória e as cidades contêm a matéria-prima da alteridade, antagonizando convenções de gênero. Nesta obra, o autor percorre o campo da memória social, chama o corpo à cena investigativa, problematiza a espacialização das relações de poder no espaço urbano e, a partir disso, convida-nos a refletir sobre desafios hoje postos às multidões queer.--No documentário "Paris is Burning", Willi Ninja chega a melhor definição de que se tem conhecimento sobre o que é voguing: "é uma forma segura de jogar shades", diz ele. E o que seria jogar shades (sombras) senão aguçar a potência de afecção de corpos empoderados?Podemos interpretar as shades de duas formas: primeiro, tratamos como adereço de maquiagem, que representa este desejo humano de compartilhar fantasias e usar o corpo como textualidade para comunicar subjetividades. Estas sombras podem ser tratadas como o elemento estético que integra as sociabilidades pós-modernas e apazigua a vontade de autocomposição neste jogo ambíguo de imitação/alteridade.Segundo, o cruzamento dos termos shade e shadow nos serve de analogia para entender o voguing como sombra de corpos precários que ironizam os padrões estéticos hegemônicos. Nesta sociedade pós-moderna, cuja espetacularização de corpos-objeto reforça ideais de normalidade, voguers dispõem poses de corpos desviantes sob os holofotes e, assim, notabilizam a gestualidade como sombra de subjetividades represadas.Por fim, chama-nos atenção o fato de que, ao performar às sombras de referenciais performativos preexistentes, voguers desestabilizam as categorizações binárias de gênero arrastadas pelo racionalismo excludente. De fato, os voguers até revisitam as sombras normativas, mas as rasuram com gradações de sombreamento, como um chiste perspicaz, uma fagulha que empodera corpos dançantes.Leia mais
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Autor: Roney Gusmão
