O livro "Juventudes, violências e políticas públicas" de Patrícia Krieger Grossi é uma obra excelente que aborda questões importantes sobre as juventudes e suas relações com as políticas públicas de forma aprofundada e acessível. A autora traz uma análise crítica que vai muito além do modelo tradicional de estudo das juventudes, abordando desde a abordagem estruturalista até as perspectivas das práticas de resistência juvenil.
A obra também faz o importante trabalho de discutir as questões de gênero e as violências experimentadas pelas juventudes, incluindo assédio, abuso e discriminação. A autora aborda estes temas de forma clara e acessível, mostrando como as políticas públicas podem ter um papel importante na prevenção destes problemas. Além disso, a obra traz importantes contribuições para a compreensão dos processos de resistência e mobilização juvenil, que são fundamentais para o desenvolvimento da cidadania e o empoderamento das juventudes.
Em suma, o livro "Juventudes, violências e políticas públicas" de Patrícia Krieger Grossi é uma obra indispensável para a compreensão das complexas e profundas questões relacionadas às juventudes, suas violências e políticas públicas. É uma leitura obrigatória para estudantes, profissionais e todos aqueles interessados na compreensão de temas relacionados às juventudes e às suas relações com a política. É também uma obra fundamental para aqueles que procuram compreender as relações entre as violências experimentadas pelas juventudes e as políticas públicas. Recomendo vivamente esta obra para todos aqueles interessados em temas relacionados à juventude.
Evidenciam-se dois dentre os infinitos componentes da violência sofrida pela juventude brasileira: a violência negativa de direitos e a violência simbólica, permeada pelas representações sociais e pelos estigmas depreciativos da condição adolescente, sobretudo quando vinculada à pobreza. Evidencia-se, portanto, a omissão do Estado em relação à juventude, considerando a previsão das funções do primeiro conforme a Constituição Federal. Tal função estatal é a de provedor de subsídios para o desenvolvimento digno e autônomo dos cidadãos, o que só se faz possível numa concepção de Estado social forte, responsável e mobilizador de uma reversão quanto à trajetória de violência em que se veem inseridas a infância e a adolescência brasileira. Para combater o envolvimento com a criminalidade e a decorrente mortalidade de jovens, é preciso efetivar políticas públicas que fortaleçam projetos de vida de adolescentes em situação de vulnerabilidade e permitam destacar as potencialidades de cada sujeito.Ana Paula Motta Costa
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