Review: "Jerônimo Pacheco, detetive brasileiro (Novela – Humor – Detetive)"
Autor: Clementino Barão
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Eu recomendo o livro "Jerônimo Pacheco, detetive brasileiro" de Clementino Barão para aqueles que amam uma boa história de mistério e aventura com muito humor. É uma obra literária que conta a história de um detetive brasileiro que resolve mistérios em um cenário brasileiro. A trama é envolvente e bem escrita, com personagens cativantes que ajudam a contar a história. O autor usa uma linguagem divertida e cheia de piadas, o que torna o livro ainda mais divertido e interessante.
A história se desenvolve de maneira interessante e envolvente, mantendo a atenção do leitor. O autor usa um bom senso de suspense e suspense, tornando as reviravoltas da trama ainda mais surpreendentes. Além disso, o autor também usa questões sociais para discutir temas como a questão da corrupção no Brasil, o que torna a obra ainda mais interessante.
O livro "Jerônimo Pacheco, detetive brasileiro" de Clementino Barão é altamente recomendado para aqueles que amam histórias de mistério com humor. É uma obra divertida, com um bom senso de suspense e reviravoltas surpreendentes, além de temas sociais interessantes. Os personagens são cativantes e a trama é envolvente. Se você gosta de mistérios e comédia, então este livro é perfeito para você.
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Nessa novela repleta de humor, o leitor irá se divertir com as memórias da juventude, e acompanhar os primeiros passos de Jerônimo Pacheco no árido ramo das investigações particulares.
“Minha memória é boa, posso dizer sem falsa modéstia. A própria profissão me exige isso, gravar bem os detalhes. Apesar de ser mais difícil resgatar a memórias distantes, desbotadas pelo passar dos anos. As memórias abandonadas na misteriosa arquitetura das recordações. São memórias antigas, então é natural que não me recorde de muita coisa daqueles tempos. Me refiro à minha infância, minha infância vivida na pequena cidade de Cinco Pedras. Tempos em que as preocupações não são mais do que uma semente oculta.
Lembranças: andando de bicicleta, lendo uma revista em quadrinhos. Colocando um LP para tocar ao contrário a fim de descobrir se havia ali, gravada numa voz assustadora, uma mensagem secreta do demo.
Medo.Desafio.Não custa tentar.
Também me lembro de alguns colegas do tempo de escola: Joselina, que tinha piolhos e coçava o cabelo discretamente durante as aulas; Marcílio, que não era vacinado nem contra sarampo nem contra catapora; Rochelle, que tinha asma e sempre trazia a bombinha consigo; Abelardo, que tinha o péssimo hábito de levar borrachudos para a escola a fim de assustar as meninas; Murilo, que tinha vocação para desenhista e fazia caricaturas dos professores; Fernando, que jogava muito mal mas era o dono da bola; Silvério, que tinha o deselegante hábito de não devolver o casco depois de tomar o refrigerante; Geraldo, que falsificava seu próprio boletim e também aceitava encomendas.
Lembro também da minha falecida tia, que me criou desde pequeno. Meus pais morreram num acidente de trem quando eu tinha um ano de idade, e minha tia, viúva e sem filhos, me pegou para criar. Marta Maria, o nome dela. Um nome bonito, eu achava. Um prenome composto, descobri mais tarde. Marta Maria Pacheco, na carteira de identidade com a foto em preto-e-branco colada. Lembro que me deixava pintar uma parede com tinta guache. Lembro que nas tardes chuvosas me obrigava a ficar em casa, dizia que era para evitar a gripe. Nessas tardes chuvosas, vez ou outra minha pele era marcada pela picada de um pernilongo faminto.”
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