Eu recomendo muito Homo Poeticus de Danilo Kiš. Esta obra reflete a profundidade de pensamento do autor, que não se limitou a explorar a cultura e arte de seu país de origem, a ex-Iugoslávia. Ao invés disso, Kiš usa a poesia para abordar temas universais como a vida, a morte, a identidade e nosso lugar na História.
Kiš explora as questões de forma lúdica, usando a poesia como forma de expressar seus sentimentos e pensamentos. O resultado é uma coleção de poemas profundos, cheios de imaginação e humor. Os poemas abrangem temas tristes, como a perda de amigos e familiares, bem como sentimentos de esperança e alegria de viver.
Este livro é ideal para qualquer leitor que queira se conectar com a poesia de Kiš. Apreciar verdadeiramente os poemas requer que o leitor se aprofunde e compreenda a experiência artística do poeta. A linguagem é rica e bem escrita, e cada poema tem muito a oferecer.
Homo Poeticus é um livro cheio de versos e ritmos que nos desafiam a ver o mundo de uma perspectiva diferente. As palavras de Kiš são capazes de nos tocar de maneiras que poucos escritores conseguem. É um trabalho que nos ajuda a desenvolver nossa própria compreensão sobre o que é poesia e o que significa viver de maneira poética.
Eu sinceramente recomendo este livro a todos os amantes da poesia. É uma obra completa e única que nos permite mergulhar no mundo poético de Danilo Kiš. É uma grande oportunidade para se conectar com nossa própria vida de maneira profunda e significativa.
“Entre todos os escritores de sua geração, franceses e estrangeiros, que nos anos oitenta viviam em Paris, era talvez o maior. Certamente o mais invisível”, Milan Kundera escreve sobre Danilo Kiš, em seguida especificando: “A deusa chamada Atualidade não tinha motivos para apontar os refletores para ele… que nunca sacrificou seus romances em nome da política. Desse modo, ele pôde compreender o que havia de mais comovente: os destinos esquecidos desde o nascimento”. Palavras que destacam a refratariedade de Kiš a qualquer pertencimento, mesmo em momentos e lugares em que certos rótulos lisonjeiros teriam, de modo automático, garantido grandes simpatias. (“Eu não sou um dissedente”, ele escreveu). Porquanto a única pátria de Kiš seja a literatura, sua militância exclusiva é a de um “escritor bastardo do mundo já desaparecido da Europa central”. Enquanto coleção de ensaios e entrevistas nas quais Kiš, concentrando sua genialidade a uma gama ampla de temas, insere-se ora na grande literatura europeia e americana – entregando-nos páginas magistrais sobre Borges, Flaubert, Nabokov, Sade -, ora na história do século XX, Homo poeticus oferece um testemunho eloquente dessa liberdade irredutível. Ele reivindica, de modo constante, a riqueza polimórfica e a unidade substancial da tradição europeia, da qual o espírito balcânico é uma parte irreprimível, e contra a redução do homem a um zôon politikón, as razões do homo poeticus, testemunha inexorável de destinos condenados ao esquecimento, de tragédias silenciosas, de tumbas sem nome e, por fim, do delírio de um século.
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Autor: Danilo Kiš
