Eu recomendo o livro "Filmar o que não se vê: Um modo de fazer documentários", de Patricio Guzmán. O autor explora como o documentário pode ser usado como um meio para contar histórias e contribuir para o entendimento das interações complexas entre a realidade e a imaginação. Ele discute a necessidade de desenvolver uma abordagem narrativa através da qual se possa capturar as nuances de um determinado assunto. O autor aborda os pontos principais da montagem de filmes, incluindo a seleção de imagens, a seleção de conteúdos, os elementos narrativos e a linguagem do filme. O livro também aborda o uso de técnicas de documentários para explorar o que está além da realidade, extendendo-se para as dimensões invisíveis da vida.
O livro também explora a importância de desenvolver uma visão crítica diante dos conteúdos, por meio da qual os realizadores possam retratar os fatos e idéias com honestidade e responsabilidade. O autor expõe as maneiras pelas quais os documentários podem ser construídos em um debate sobre temas políticos, culturais, sociais e históricos. O autor também discute sobre a importância de se manter um diálogo aberto com o público, de modo a aumentar o nível de conscientização entre o público em relação à realidade ao seu redor.
Este livro é imperdível para quem deseja conhecer mais da arte de documentar por meio de filme. É ideal para quem deseja criar filmes que transmitam mensagens e informações, além de servir como guia para aqueles que desejam explorar a documentação de tópicos desafiadores. Além disso, é útil para aqueles que querem aprender como contar histórias de maneira eficaz. De qualquer forma, "Filmar o que não se vê" é uma obra fundamental para aqueles que desejam entrar no mundo do documentário e usar esse meio como forma de se expressar.
Na obra Filmar o que não se vê, o cineasta chileno compartilha suas experiências na produção de documentários, apoiando-se no cinema de autor e discorrendo sobre os parâmetros que orientaram seus trabalhos, tais como os conceitos de ponto de vista (opinião do diretor), distanciamento (viabilizado a partir do estabelecimento de territórios de criação e pesquisa), subjetividade (reafirmando a parcialidade das produções audiovisuais) e escrita de roteiros (técnicas de criação). Ainda que em sua formulação Guzmán parta de sua experiência documental, os conceitos que trabalha dizem respeito à produção audiovisual de forma ampla, não se limitando aos documentários, e servem de base às diferentes experiências criativas na área de cinema e vídeo.
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Autor: Patricio Guzmán
