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Jean-François Lyotard (1924 -1998) foi um filósofo francês cuja obra mais conhecida – muitas vezes para o seu desgosto – foi a sua condição pós-modernaem 1979. Escrita a pedido do Conselho de Universidades do Governo Provincial do Quebeque sobre o estado do conhecimento no mundo contemporâneo, esta obra trouxe o termo “pós-modernismo”, já em uso noutras áreas, como as artes e a literatura, para a vanguarda dos debates na filosofia ocidental, especialmente quando publicado em inglês em 1984. O livro era mais presciente do que realizado na época, como descrito abaixo, embora logo os críticos da filosofia continental usassem o termo “pós-modernismo” para manter uma variedade de pensadores muitas vezes em desacordo entre si (Julia Kristeva, Michel Foucault, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, e assim por diante). Estes críticos argumentaram que os pós-modernistas acreditavam que não eram coisas como “factos”, apenas modos de discurso que para sempre nos impeçam de fazer afirmações de verdade sobre a realidade, e o termo “pós-moderno” tornou-se um termo pejorativo para ridicularizar estes pensadores como aderentes ao niilismo epistemológico e moral. Enquanto Lyotard estava certamente interessado na perda pós-moderna de “metanarratives”,meios tradicionais pelos quais ordenamos o mundo , as suas obras, especialmente após a Condição Pós-Moderna,consideraram formas de pensar na justiça após a perda destes metanarrativos. Em obras como Just Gaming (1979) e especialmente a sua obra-prima, The Differend (1983), Lyotard não oferece um relativismo “vale tudo”, mas antes assume o facto histórico de que depois do Shoah, já não existe uma crença no progresso da história, à la G. W. F. Hegel (1770-1831) (e ainda mais hoje, quando as sondagens em todo o Ocidente mostram que muitos acreditam que a próxima geração será pior do que a última) enquanto há também o que Hannah Arendt (1906-1975) chamou de “perda de autoridade” nas instituições tradicionais. Por conseguinte, tanto as opiniões políticas progressistas como conservadoras são encontradas em declínio no diagnóstico dos problemas políticos, especialmente quando se deparam com a desvalorização de todos os valores da cultura dos consumidores. A gama de obras de Lyotard não se limitou a diagnosticar a política da pós-modernidade, mas também deu importantes contributos para a estética, a filosofia da ciência e a filosofia da linguagem, entre outras áreas.
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