Eu recomendo fortemente o livro "Estratos do Tempo: Estudos sobre História" de Reinhart Koselleck. É uma obra magistral, que aborda de forma única e profunda questões relacionadas à história, seus aspectos e significados. O autor faz uso de muitos conceitos modernos de tempo, filosofia e história para criar um trabalho que é único, abrangente e profundamente significativo.
Koselleck se concentra na maneira como os eventos históricos são vistos e interpretados. Ele argumenta que o tempo e os eventos históricos são vistos de maneiras diferentes dependendo de como a história é contada. Assim, ele fornece uma análise crítica da história, enfatizando seu significado e impacto, e oferecendo possibilidades para que as pessoas entendam como diferentes tipos de passado afetam o presente.
Uma das maiores qualidades deste livro é a forma como ele consegue equilibrar uma análise histórica profunda com uma narrativa dramática que facilita a compreensão. O autor usa sua experiência como professor para tornar os conceitos relevantes e aplicáveis, para que o leitor possa aplicá-los ao seu próprio contexto. Isso torna o livro útil para aqueles que querem obter uma melhor compreensão da história.
Além disso, a obra de Koselleck destaca a importância da memória e da identidade histórica. O livro examina como os eventos históricos são lembrados e como eles influenciam a forma como as pessoas se entendem e entendem o mundo. Isso o torna útil para aqueles que querem entender melhor o contexto em que vivem e sua conexão com o passado.
Em suma, o livro "Estratos do Tempo: Estudos sobre História" de Reinhart Koselleck é uma obra magistral que oferece uma análise profunda e significativa da história e de seu impacto. É uma ótima fonte de informação para aqueles que procuram entender melhor como o passado influencia o presente. Recomendo fortemente este livro para aqueles que buscam uma abordagem criativa e aprofundada dos assuntos relacionados à história.
As guerras religiosas que ensaguentaram a europa nos séculos xvi e xvii levaram à criação dos estados absolutistas, instâncias soberanas neutras em relação aos grupos em conflito, encarregadas exclusivamente de manter a paz. Separam-se moral, remetida à vida privada, e política, doravante submetida à razão de estado. Depois de obter êxito, impondo uma pacificação relativa dentro dos territórios estatais, esse arranjo começa a perder legitimidade. Progressivamente, o absolutismo deixa de ser considerado o garantidor da paz e passa a ser o inimigo da liberdade. O mundo burguês começa a articular um espaço político próprio, a sociedade civil, que vê a si mesma como um poder moral em oposição ao poder político absoluto. Essa dialética mina os fundamentos do status quo. A revolução francesa de 1789 abre uma época nova, que produz uma gigantesca inovação conceitual: a filosofia da história. Até então, existiam “histórias” no plural ? a história de uma cidade, a história de uma guerra ?, referidas a fenômenos específicos, cuja rememoração subordinava-se ao ideal pedagógico expresso por cícero: a história como mestra da vida. Era preciso conhecer o passado para aprender com ele, pois as situações se repetiam, conservando, no essencial, a mesma estrutura e sentido. Aparece agora o conceito moderno de história. A vida dos homens passa a ser compreendida como um único grande processo estendido no tempo ? um tempo especificamente histórico, diferente tanto da cronologia natural como da religiosa. Novas teorias pretendem apreender o passado, o presente e o futuro como uma totalidade dotada de sentido, que engloba e unifica as histórias particulares. Propõe-se uma ordem sequencial para a diversidade cultural que a expansão ultramarina havia revelado aos europeus, situando diacronicamente aquilo que aparecia sincronicamente. E se, agora, o futuro é algo a ser construído, não há mais lugar para a contingência: ele é mera projeção dos desígnios do presente. No centro do novo pensamento está a ideia de progresso. A obra de reinhart koselleck (1923-2003) revê os fundamentos dessas inovações conceituais decisivas da modernidade. Em vez de um tempo linear, propõe um tempo estratificado, que rompe a alternativa entre sincronia e diacronia. Diz que a filosofia da história combina de modo peculiar voluntarismo e objetividade, pois a ideia de uma “marcha objetiva da história” é um artifício da vontade. Mostra que a memória coletiva está sujeita a quebras que produzem esquecimento, de modo que todo ganho de experiência corresponde, também, a uma perda. Recupera as noções de contingência e de imprevisibilidade, pois os planos humanos e sua execução necessariamente se dissociam, de modo que previsão e realização nunca coincidem. Depois de crítica e crise e futuro passado: contribuição á semântica dos tempos históricos, a contraponto e a editora da puc-rio apresentam ao leitor de língua portuguesa esta nova obra-prima de reinhart koselleck, um historiador fundamental para se conhecer o presente. César benjamin.
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Autor: Reinhart Koselleck
