
Ericeira 1942
Com os portos fechados pela guerra, Lisboa se tornou o único porto do continente que mantinha ligações regulares para as Américas.
Para chegar até Lisboa, o refugiado precisava enfrentar uma rota perigosa e cansativa. Viajar de trem ou de carro para França. Atravessar os Pirinéus a pé até a Espanha. Da Espanha, fazer o mesmo caminho de trem, carro e até a pé para chegar a Lisboa e de Lisboa para o Novo Mundo.
Milhares de refugiados chegaram a Portugal, principalmente depois da invasão da França pelo exército alemão em junho de 1940. Em Lisboa, quem tinha dinheiro, influência ou sorte conseguia os vistos e as passagens para a América sem muita dificuldade.
Já para os menos afortunados, o sonho terminou, pelo menos por enquanto, em Portugal. Com tantos refugiados em Lisboa sem poder para onde ir, o jeito foi enviar essa gente toda para vilas e cidades turísticas que a polícia portuguesa chamava de residência fixa.
Entre esses milhares de refugiados que chegaram a Lisboa depois de 1940, estava o jornalista judeu Isaac Salomon Blumberg. Depois de ser preso em Lisboa pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), Blumberg foi enviado junto com a esposa, a militante comunista Sabine Melzer, para residência fixa na Ericeira, uma vila de pescadores ao norte de Lisboa.
Blumberg não é um refugiado comum. Ele é considerado um dos principais nomes da resistência na Europa. Por muitos anos, o jornalista denunciou os planos armamentistas de Hitler e conhecia segredos militares do führer. Sabine por sua vez era procurada por ser comunista e judia, duas coisas que Hitler mais odiava em uma pessoa.
Na Ericeira, Blumberg organiza um grupo de resistência e com a ajuda do serviço secreto britânico tenta fugir de Portugal. Já a Gestapo não vai permitir que ele prossiga viagem. Junto com a PVDE, os nazistas vão montar uma grande operação para matar Sabine e enviar Blumberg de volta à Alemanha.
Resenha:
Eu recomendo o livro \"Ericeira 1942\" de Rogério Pinheiro para todos aqueles que procuram uma leitura envolvente e cheia de surpresas. A narrativa é cativante e os personagens são desenvolvidos de forma realista, o que nos permite acompanhar o cotidiano de um vilarejo português durante a 2ª Guerra Mundial. O autor aborda com maestria temas como a ambiguidade entre o bem e o mal, as relações familiares, a luta pela liberdade e a discriminação.
O livro tem um ritmo frenético e é contado de forma a envolver o leitor, que se vê imerso nas aventuras dos personagens principais. A atmosfera é descrita com realismo, numa narrativa repleta de ação e emoção. Os diálogos são fluídos, o que nos permite acompanhar o desenrolar da trama de forma natural.
O autor não deixou de tocar em assuntos delicados, como o medo e o preconceito, que são abordados com maestria. Os personagens são complexos e os conflitos são tratados com grande sensibilidade. A escrita do autor é poética, e a narrativa é recheada de ironia e humor, que servem para equilibrar as partes mais dramáticas.
A leitura de \"Ericeira 1942\" é envolvente e deixa o leitor extremamente satisfeito com a narrativa. A obra é recomendada para quem procura leituras que misturam aventura, romance, ação e drama. O livro conta com personagens fortes e interessantes, é uma obra que prende o leitor e o deixa desejando por mais.
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