Eu recomendo fortemente o livro "Entre sertões: comunismo e campesinato na obra de Bernardo Élis" de Pauliane de Carvalho Braga. Esta obra analisa detalhadamente a obra de um dos mais notáveis escritores da literatura brasileira, Bernardo Élis, e como sua escrita foi influenciada pelo comunismo e pelo campesinato. A autora conseguiu captar a essência dessas influências na obra de Élis e mostrar como elas se relacionam com a vida e as experiências de Élis no interior do Brasil.
O livro destaca grandes temas da obra de Élis, como o enfrentamento às desigualdades de classe por meio de uma luta armada e o tratamento da questão indígena. A autora mostra como o comunismo e o campesinato influenciaram o trabalho de Élis, e como isso se manifestou em suas obras. Ela também analisa como a obra de Élis foi influenciada por outras correntes de pensamento como a filosofia da experiência de William James e a escola de Frankfurt.
Uma das principais qualidades deste livro é que ele é bem-escrito e acessível para todos. A autora consegue se comunicar de forma clara e direta com o leitor, e traz à tona todos os tópicos relevantes da obra de Élis de uma maneira interessante e divertida. Ela também fornece informações essenciais sobre o contexto histórico e social em que Élis e sua obra se inseriam.
Em suma, recomendo fortemente este livro a qualquer pessoa interessada em conhecer mais sobre a magnífica obra de Bernardo Élis e como ela foi influenciada pelo comunismo e pelo campesinato. É uma leitura obrigatória para aqueles que querem adentrar a obra do escritor brasileiro, pois oferece uma visão crítica e profunda da vida e da obra de Élis.
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As décadas de 1940 a 1960 foram marcadas por uma crescente organização dos trabalhadores rurais brasileiros, apoiados, em grande medida, pelo Partido Comunista do Brasil. A organização de Ligas Camponesas, associações e sindicatos rurais, e a realização de conferências e passeatas no campo foram vivenciadas pelo autor goiano Bernardo Élis e discutidas em sua obra literária. Considerado por muitos o introdutor do modernismo no Centro-Oeste, guia intelectual da região por décadas e comunista “notório”, Élis orientou sua reflexão para o universo particular do sertanejo e para a força de suas reações diante do mundo. Ao costurar história, política e ficção, o autor oferece um anova leitura sobre o campo brasileiro, iluminando possibilidades e/ou apontando os limites de um mundo que não poderia mais existir.
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