
Eclipse
Neste romance ímpar, de tom lírico, o irlandês John Banville parece ressaltar a todo instante que o isolamento de Cleave é superficial ou, melhor dizendo, apenas aparente. De fato, seu narrador-protagonista está o tempo todo soterrado por uma multidão fantasmagórica, com a qual procura dialogar, ainda que sua esposa Lydia faça questão de frisar: “Você é teu próprio fantasma”.
Assim, como se estivesse “condenado” a passar seus dias “revolvendo palavras, frases avulsas, fragmentos de memória”, Cleave não se distancia, mas acaba por mergulhar nos outros, em Lydia, na filha Cass e, claro, nos que partiram ou estão prestes a partir. Cass, que sofre de uma enfermidade similar à esquizofrenia, é uma ausência opressora, a única pessoa capaz de resgatar o pai de sua idealizada tentativa de autoexílio para algo aterradoramente real.
Banville empresta às idas e vindas de Cleave uma beleza dilaceradora. Sua voz procura se firmar como a derradeira tentativa de sustentar as paredes de um mundo que se esfarela. Ao final, depois que “o real adquire uma qualidade tensa, trêmula” e tudo parece mesmo “fadado à dissolução”, resta-nos a certeza e, talvez, o consolo de que o esforço, pela sua própria e extraordinária beleza, não é, não pode ser inútil.
O segundo romance da trilogia, Sudário, será lançado em breve pela Biblioteca Azul. Luz Antiga, que a finaliza (todos os livros podem ser lidos separadamente), foi lançado em 2013 na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), quando Banville foi autor convidado do evento.
Resenha:
Eu recomendo fortemente o livro "Eclipse" de John Banville. É uma obra-prima que leva o leitor para um mundo de magia, misticismo e mistério. O livro conta a história de Alexander Cleave, um homem que se vê preso entre seu passado e presente, e seu destino e determinação deverão ser decididos com a chegada de uma nova oculta ameaça - Eclipse. O enredo é tão bem estruturado e o mistério por trás de Eclipse é tão convincente que você quase se sente como se estivesse dentro das páginas. O livro explora a luta da humanidade entre a escolha entre o bem e o mal, e ao mesmo tempo nos leva a pensar sobre nosso próprio destino. É uma leitura obrigatória, pois os personagens, com suas complexidades e vulnerabilidades, nos mostram que somos capazes de superar nossos medos e desafios. Além disso, as descrições da natureza e do universo são impressionantes. A escrita poética de Banville nos permite imaginar e criar os cenários. Isso cria um mundo que você pode sentir, tocar e experimentar. "Eclipse" é uma leitura obrigatória para quem gosta de aventura, misticismo e mistério. É uma obra-prima que nos permite pensar sobre nossas escolhas, lutas e limitações. Recomendo fortemente este livro para todos os amantes de livros que procuram uma grande história e escrita poética.
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