Review: "Dois Modelos de Justiça Régia na Idade Média Ibérica"

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Eu recomendo fortemente "Dois Modelos de Justiça Régia na Idade Média Ibérica" de José D’Assunção Barros. Este importante livro trata sobre o estudo comparativo das diversas estruturas de justiça que ocorreram na Ibéria durante o período medieval. Esta abordagem permite ao leitor compreender o que aconteceu, por que aconteceu e como isso afetou a evolução dos sistemas de justiça da região. A autora usa uma abordagem científica para investigar as relações entre os dois sistemas de justiça, que eram muito diferentes, mas que compartilhavam certas características. Os temas abordados neste livro incluem a evolução das cortes régias, a influência do direito canônico, a relação entre as cortes régias e as cortes locais, a influência dos estudos jurídicos medievais, e o desenvolvimento das instituições de justiça régia na sociedade ibérica. O livro é escrito com rigor científico e é apoiado por fontes acadêmicas e históricas. É um livro obrigatório para todos aqueles que estudam ou estão interessados na história da Idade Média Ibérica e como ela influenciou o desenvolvimento do sistema de justiça moderno. Eu recomendo este livro para qualquer pessoa interessada na história, jurisprudência e evolução da justiça régia na Idade Média Ibérica.

Neste livro, José D’Assunção Barros apresenta uma análise abrangente da história e dos desenvolvimentos socioeconômicos na Idade Média Ibérica. Ele examina a história da evolução das cortes régias, a influência do direito canônico, a relação entre as cortes régias e as cortes locais, a influência dos estudos jurídicos medievais, a influência da Igreja Católica na criação de leis e a influência dos governantes na interpretação da justiça. Ele também aborda outros temas inerentes ao tema – incluindo os efeitos das guerras civis e internacionais, as relações entre a Igreja e o Estado e a extensão da justiça régia para além das fronteiras da Ibéria. O texto é acompanhado de tabelas informativas, gráficos e ilustrações que ilustram os temas abordados e que tornam a leitura mais interessante.

Este livro é uma obra-prima que oferece ao leitor uma excelente análise dos sistemas de justiça régia e local na Idade Média Ibérica. Os temas abordados são tratados de forma clara e concisa e o autor apresenta argumentos sólidos e convincentes. Seu estilo de escrita é objetivo e informativo e seu conhecimento profundo do assunto lhe permite abordar os temas tratados com detalhamento. Recomendo vivamente este livro para qualquer um interessado na história da Idade Média Ibérica e na evolução da justiça moderna.

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Na Idade Média, a Justiça encontrava caminhos de expressão bem diferenciados daqueles com que hoje estamos familiarizados. Por um lado, o Direito era essencialmente consuetudinário. Por outro lado, a justiça fazia-se muito dependente do arbitramento através da atuação de uma figura de força ou mediação – de uma espécie de “mediador de conflitos” em alguns casos, e de um interventor mais direto em outros. O Rei, por exemplo, era comumente uma figura central no exercício da justiça medieval. Neste ensaio iremos recuar até o século XIII, em Portugal, e examinar como a justiça é retratada em algumas fontes narrativas do período. A intenção será a de identificar dois modelos diferenciados presentes neste período. Ambos focalizam a figura do rei como ‘mediador de justiça’ privilegiado, mas, como veremos, consistindo de dois modelos diferenciados de rei. O rei mediador e o rei interventor encontram ambos expressão nas diversas crônicas do período. Há uma atenção especial ao estudo das narrativas sobre justiça régia que aparecem nos chamados “livros de linhagens” – genealogias ibéricas que trazem narrativas de diversos tipos ao lado de suas enumerações de antepassados e linhagens aristocráticas.

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