Recomendo o livro "Cotidiano e trabalho de mulheres lusitanas e maranhenses (1755 – 1822): um estudo a partir de testamentos" de Marize Helena de Campos, para qualquer pessoa interessada em conhecer a história do Brasil durante o período colonial. Este livro traz à tona um assunto ainda pouco discutido: o dia a dia das mulheres no Brasil colonial.
Escrito por Marize Helena de Campos, o livro aborda o tema por meio de um estudo de seis testamentos de mulheres lusitanas e maranhenses, abrangendo o período de 1755 a 1822. O estudo conta com preciosas informações acerca de como essas mulheres viviam, trabalhavam e adquiriam riquezas.
Mesmo sendo um título acadêmico, o livro é extremamente bem escrito e acessível, tornando também uma excelente fonte de pesquisa para estudantes ou mesmo para pessoas interessadas em história. O conteúdo é bem detalhado e conciso, trazendo à tona temas como a economia, a religião, a herança e outros tópicos pertinentes ao estudo.
Além disso, a obra conta com vários apêndices, incluindo uma transcrição dos testamentos, além de gráficos e estatísticas. Todas essas informações são extremamente úteis para compreender o assunto de forma aprofundada.
Enfim, recomendo esse livro para quem deseja conhecer a história brasileira mais a fundo. Marize Helena de Campos oferece uma visão única e interessante sobre o tema, por meio de uma análise cuidadosa e detalhada dos principais documentos do período colonial. Portanto, é uma leitura extremamente valiosa para qualquer pessoa interessada no assunto.
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A eleição dessa matéria-prima, ao mesmo tempo sujeito e objeto[1], encontra-se no conjunto do que a historiografia nomeou História das Mulheres e justifica-se pelo entendimento de que elas têm e participam das ações cotidianas em contraposição aos discursos de sujeitos secundários e subalternos com que foram abordadas durante séculos. A tarefa que se nos impõe aqui é apresentar vivências femininas de um lado a outro do Atlântico, ou seja, os ecos, as intersecções e distanciamentos entre seus mundos, especificamente os do trabalho.
[1] PERROT, Michelle. Minha História das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007 op. cit. p.19.
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