Eu recomendo fortemente o livro "Comenda Lélia Gonzalez: Vol. 1 – Raça, Gênero e Epistemologia Jurídica Afro-Diaspórica" de Amarílis Regina Costa da Silva. Ele nos coloca no contexto histórico do que significa ser uma mulher negra no Brasil e como isso molda a experiência das mulheres pertencentes a este grupo. O livro nos inspira a pensar sobre as formas como as mulheres negras têm enfrentado opressões e nos fornece um olhar para como resistem a essas opressões. Comenda Lélia Gonzalez nos provê conhecimento sobre como as mulheres negras desenvolvem uma epistemologia jurídica forense baseada nas tradições e nos costumes da diáspora africana. O livro é uma excelente contribuição para o estudo do direito e do feminismo negro.
A escrita de Amarílis Regina Costa da Silva é dinâmica e fluida, o que torna o livro altamente interessante e divertido. Ela usa exemplos e histórias pessoais para discutir questões políticas e jurídicas, tornando a leitura mais agradável e acessível. Ela também se aprofunda em temas fundamentais como racismo e sexismo, fornecendo informações valiosas sobre como as mulheres negras são marginalizadas na sociedade brasileira e como elas lutam para resistir.
Ao ler Comenda Lélia Gonzalez, você se verá confrontado com os dilemas éticos e morais que envolvem a negação dos direitos das mulheres negras. A leitura do livro nos ajuda a entender o que significa ser negra e como isso se reflete em todas as áreas da vida, desde o direito até a economia. Além disso, o livro nos oferece estratégias sobre como as mulheres negras podem usar o direito para lutar pelos seus direitos. Comenda Lélia Gonzalez nos ajuda a entender melhor os problemas e a ver como podemos usar o poder do direito para promover a igualdade racial.
No geral, eu recomendo fortemente Comenda Lélia Gonzalez para aqueles que querem aprender mais sobre a experiência das mulheres negras no Brasil. Ele nos oferece uma visão profunda sobre o contexto histórico e social, bem como um olhar sobre como elas têm lutado e resistido às opressões e ao racismo. O livro apresenta ideias importantes sobre como usar o direito para lutar pelos direitos das mulheres negras, bem como estratégias para promover a igualdade racial. É uma leitura obrigatória para aqueles que querem entender o papel das mulheres negras na sociedade brasileira.
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O ano é 1935, quando nasce Lélia de Almeida, atrevendo-se precocemente a interessar-se por ciências sociais. Encorajando-se a graduação em História e Geografia em 1959, aos vinte e quatro anos, tornando-se bacharel em Filosofia pela Universidade Estadual da Guanabara, ou, nos dias de hoje, Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Autora de Lugar de negro e Festas Populares no Brasil, e fundadora em 1978, na cidade de São Paulo, do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial que denunciava muito claramente a falácia da democracia racial, indo contra tudo o que, á época, significava poder.Tornando-se inimiga consagrada do Estado e dos homens brancos que tornavam a perseguição racial suas missões pessoais. Lélia foi a propulsora da resistência de tudo o que era odiado. Burlou as regras, ignorou as distopias do mundo acadêmico branco, fez o que disseram que era cientificamente impossível e pulou muralhas que, apesar de altas, não foram o bastante para derrotá-la. Foi diafragma, faringe e voz de uma geração responsável por não aceitar a mulher universal de Beavouir, e por legitimar as diferentes mulheres que há em uma mulher negra só, reconhecendo o ser multifacetado que há muito tempo organiza revoluções antes de Zumbi.
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