Cláudio Guerra: Matar e Queimar de Denise Assis é um livro fascinante que eu recomendo fortemente. É um relato detalhado das ações de um dos maiores símbolos da resistência à ditadura civil-militar brasileira. A autora conseguiu capturar a essência de sua história e trazê-la à vida de forma maravilhosa. A história é contada de forma cronológica, fornecendo ao leitor uma visão precisa do que ocorreu durante o período da ditadura. O livro oferece detalhes sobre o conteúdo político e as atitudes dos líderes da resistência, assim como as razões por trás de suas ações. Além disso, o livro também oferece informações sobre o contexto internacional do período, o que ajuda o leitor a entender melhor o que estava acontecendo.
Cláudio Guerra: Matar e Queimar também fornece uma visão aprofundada das estratégias de resistência, ajudando o leitor a compreender melhor como os grupos de resistência enfrentaram a ditadura e como eles lutaram para restaurar a democracia no Brasil. O livro também aborda as mudanças na vida cotidiana, especialmente na favela, durante essa época. Este livro fornece ao leitor informações detalhadas sobre a resistência de Cláudio Guerra e outros líderes da resistência, tais como Maria da Paz, Margarida Maria de Almeida e outros. Além disso, o livro também aborda a influência dos movimentos sociais, da imprensa e da cultura nacional sobre a resistência.
Cláudio Guerra: Matar e Queimar é um livro indispensável para qualquer pessoa interessada em conhecer a história da resistência ao regime militar brasileiro e a luta dos brasileiros para alcançar a democracia. Denise Assis conseguiu contar a história de Cláudio Guerra de uma forma vívida e interessante que prende o leitor do início ao fim. O livro oferece aos leitores informações valiosas sobre as ações e as estratégias da resistência, além de fornecer detalhes sobre a cultura e as mudanças na vida cotidiana durante esse período. Recomendo esse livro a todos aqueles que querem aprender mais sobre a resistência brasileira e a luta pela democracia.
Claudio Guerra: Matar e Queimar
Eleger Claudio Antônio Guerra como personagem das páginas de um livro não foi uma escolha fácil. Na verdade, o acaso pesou na decisão. Havia um material bruto, guardado, a ser exposto. Torná-lo público só virou ação quando a sua figura ganhou concretude histórica, em 31 de julho de 2019, data em que Ministério Público Federal do Rio de Janeiro decidiu que eram “verdadeiras” as suas confissões a respeito do destino dado aos corpos de 12 “desaparecidos políticos” do período da ditadura (1964/1985).
Aliás, sempre que preciso grafar essas datas, reluto. É que no meu entender a ditadura perdurou até 1989, quando elegemos o primeiro presidente pelo voto direto. O que 1985 marca é o fim do regime militar. O início da “transição”, que nos tirou o direito de gritar nas ruas a nossa alegria pela morte da opressão. Aqui, no Brasil, fomos digerindo a transmutação aos poucos, via Colégio Eleitoral e voto indireto. Tivesse sido aprovada na madrugada de 25 de abril de 1984 – quando foi derrotada a emenda das “Diretas Já” –, um dos mais belos movimentos cívicos da história recente, e teríamos tido um dia de júbilo, tal como o dos chilenos na vitória do “NO” –, em 5 de outubro de 1988 –, que desbancou do Palácio de La Monedao ditador Augusto Pinochet.
Ao referendar e denunciar Claudio Guerra como responsável por incinerar nos fornos da Usina Cambayba, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, os que resistiram ao arbítrio, o MPF o transformou em um personagem sobre o qual valia a pena se deter e ouvir o que tinha a dizer. Não pelo que pudesse contar sob a sua ótica – soando para muitos como “gabolice” –, mas pelo que podia acrescentar aos episódios obscuros do período.
Depois de ouvir testemunhas, comparar depoimentos e observar as conclusões de uma perícia feita a pedido da Comissão Nacional da Verdade, nos fornos da usina, o Ministério achou por bem concluir que, sim, eram verdadeiras e coerentes as revelações de Guerra. Desde 31 de julho de 2019 passou a ser conveniente trazê-lo à cena […]
Denise Assis
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Autor: Denise Assis
