Review: "Clamor Élfico: Contos Imortais"

Este livro encerra uma Era inteira…Elfos são eternos e imortais, não são acometidos de doenças, são uma sociedade que está distribuída em diversos planetas e que possuem a mais longa história dentre todos os povos. O primeiro elfo, Váldkor, criou dez filhos dos próprios elementos que pairavam pelo cosmos logo após as Batalhas Primevas. Váldkor ajudou a derrotar grandes Forças Universais e depois disso sumiu. Alguns dizem que ele morreu. Mas elfos não morrem. Alguns dizem que ele se tornou os próprios elementos. Mas elfos não transmutam seus corpos. Todos estes estavam errados.
Para quem ainda não conhece o que é os Impérios Sagrados e a sua história, este vasto Universo nasceu e se desenvolveu a partir das mesas de jogo de RPG (role playing game), portanto um jogo de interpretação de personagens, há mais de 23 anos atrás. Tudo o que eu vivi, especialmente na posição de artífice de lendas, também conhecido como mestre de jogo, está gravado para sempre na minha mente.
Ao longo de mais de 23 anos muito de jogou, interpretou e escreveu sobre os elfos por meio do Universo Impérios Sagrados. Infelizmente a maioria dos escritos não se preservou devido à diversos fatores, tais como: eu era criança demais para ter qualquer noção quanto ao que, inicialmente, um sistema de jogo simples com o nome Impérios Sagrados iria se tornar. Aos que já leram os livros anteriores que levam a marca IS: Sombras do Entardecer, Milênios de Solidão e Narrativas Interrompidas – In memoriam, a presente obra dialoga de forma plena com todo o conteúdo apresentado nas narrativas anteriores. Clamor Élfico – Contos Imortais, apresenta textos e referências dos mais diversos tipos ao Universo IS dispersos pelos outros livros. Porém, centrada de forma mais específica em histórias élficas e seu legado bem em como um outro continente que ainda não fora apresentado nos livros anteriores. É um convite para mergulharem nestas histórias em que a vida pulsa página à página.
Também apresentamos impérios como Feudren e o continente chamado Arilem por meio de narrativas compiladas e complementadas por quem escreveu esse livro, mas que são homenagens a alguns dos grandes jogadores de IS: Jonathan Drissis, Adriano Normanton e Matheus Gonzaga. Essas poucas páginas, ordenadas de forma a apresentar alguns contos e pontos muito específicos do povo élfico e de Ordens ligadas ao seu povo, foram selecionadas por entre três tempos diferentes e que estão espalhados nas obras anteriores. O leitor que quiser começar por aqui está será bem-vindo e o leitor que leu os outros livros, vai poder expandir ainda mais seu conhecimento pelo Universo IS. Essas narrativas são um verdadeiro quebra-cabeça…
Mas o que estamos tentando montar? Visto que esse livro encerra uma Era dentro do Universo Impérios Sagrados, bem como das publicações que se interligam nos livros até aqui apresentados, como se deve ler esses contos? Quais as nuances em que devemos prestar atenção?Afirmo que você, leitor, navegue livremente pelos textos. A Cronologia Élfica ajuda a se localizar e entender algumas das datas e acontecimentos históricos. Os textos foram ordenados para dar um sentido cronológico. Eles servem tanto como ideias aos mestres e jogadores de RPG, bem como aos literatos em busca de novas leituras.
Impérios Sagrados possui esse dinamismo próprio. Este é um livro raro, visto que não é um romance que leva a marca IS e sim uma obra de contos que se encerram em si mesmos mas que convidam ao leitor a deixarem a imaginação fluir para além do que está escrito…