Carta Sobre A Tolerância

Desde a Reforma Protestante, de 1517, cristãos das diversas denominações religiosas entraram em guerra permanente entre si, com incontáveis mortes. O desafio de John Locke, com sua proposta de tolerância, foi encerrar este conflito. Monges e pastores extremistas injetavam aversão e intolerância nos seus seguidores. O remédio estava na filosofia, visto que esta deixava a alma tranquila , expulsando de si as crenças radicais e insanas, abrindo espaço para soluções razoáveis e realistas que permitiriam o bom convívio entre todos os homens. Em exílio na Holanda, John Locke se corresponde com seu amigo Phillip van Limborch, discorrendo sobre a questão da tolerância. Sem que Locke autorizasse, Limborch publicou a missiva com o titulo de Letter concerning on Tolerance, ou Carta sobre a Tolerância, que aparece pela primeira vez em Londres em 1689, ano da Gloriosa Revolução. A solução do problema exigia a necessária separação radical dos assuntos do Estado daqueles da Igreja. Enquanto os interesses de um se misturavam com os do outro não haveria progresso em direção à tolerância. O Estado, para Locke, nasceu da necessidade do Homem obedecer a Lei Natural, com a função de assegurar a integridade da sua vida, do seu corpo, liberdade e bens. Tem como objetivo conservar e promover o patrimônio material. A Igreja, por sua vez, é de outra natureza, visto que resulta de uma associação livre e voluntária: uma societas spontanea, sem obrigações com a Lei Natural. Nasce da afirmação pública da fé, de servir e honrar a Deus, formada por meio de um livre acordo. Os assuntos da Igreja, seus dogmas, seu culto, as assembléias religiosas ou concílios, não dizem respeito ao Magistrado. Não é assunto da jurisdição dele, sendo que nenhum decreto humano pode afetar o seu caráter sagrado. Para Locke, tolerância não era sinônimo de licença, aplicando-se no exercício da liberdade desde que não fosse contra a existência da comunidade política e da paz civil.

Resenha:

Eu recomendaria o livro "Carta Sobre A Tolerância" de John Locke a qualquer pessoa interessada em história, filosofia e política. O livro aborda temas importantes, como a igualdade, a tolerância, a liberdade de expressão e a importância desses temas para a vida das pessoas. A Carta Sobre A Tolerância é essencial para entender as concepções filosóficas e teológicas de Locke, bem como as contribuições que ele deu para a sociedade. É uma leitura importante para todos aqueles interessados em entender o que Locke acreditava e como isso está relacionado com nossas vidas hoje.

O livro foi escrito no contexto do Iluminismo e lida com a liberdade de expressão e tolerância, temas importantes de discussão em nosso tempo. Locke defende a liberdade de consciência e o direito às opiniões diferentes, argumentando que ninguém deve ser forçado a seguir os mesmos caminhos que outros. Ele também argumenta que os governos não devem usar sua autoridade para silenciar a voz daqueles que discordam da opinião oficial. Estes são argumentos poderosos que ainda são relevantes para a política de hoje.

Além disso, a Carta Sobre A Tolerância se destaca pela clareza de suas discussões e pela profundidade de seus argumentos. Ele usa muitos exemplos que ajudam o leitor a entender melhor o que Locke está dizendo, e sua escrita é acessível a todos. O livro também discute temas como liberdade de expressão, igualdade e direitos humanos.

Em suma, acredito que o livro "Carta Sobre A Tolerância" de John Locke é uma excelente leitura para todos aqueles interessados em filosofia, história e política. Ele discute temas importantes que ainda são relevantes hoje e usa muitos exemplos para ajudar o leitor a compreender melhor o que Locke está dizendo. Se você está interessado em entender melhor os conceitos filosóficos e políticos de Locke, recomendo que leia a Carta Sobre A Tolerância.

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