Eu recomendo fortemente o livro "Bebidas e bebedores no Brasil Holandês, 1624-1654" de Gabriel Ferreira Gurian. O livro fornece leitores com uma investigação histórica profunda sobre a cultura das bebidas na Colônia Holandesa no Brasil. Aborda questões importantes sobre como as bebidas eram produzidas, como as estruturas comerciais e sociais afetavam o uso das bebidas e como as bebidas afetaram as tradições culturais da Colônia.
Gurian aborda tudo isso com profundidade e minúcia, examinando cada indivíduo, cada estabelecimento, cada elemento da cultura das bebidas da Colônia. Ele usa uma variedade de fontes primárias, incluindo documentos históricos e documentos arqueológicos, para fornecer aos leitores uma imagem vívida e detalhada da sociedade.
O livro também oferece um excelente julgamento crítico, analisando as motivações econômicas da produção de bebidas, assim como os efeitos políticos e culturais dos costumes relacionados às bebidas da Colônia. O livro contém muitas informações interessantes sobre a produção de bebidas, desde as variedades produzidas e os processos de produção até as leis da Colônia e os costumes relacionados ao consumo de bebidas.
Se você estiver interessado na história do Brasil durante os séculos XVII e XVIII, então este livro é certamente algo que você deve ler. Com suas análises detalhadas e seus argumentos sólidos, o livro oferece uma visão fascinante dos costumes e crenças da Colônia. Eu recomendo esse livro a todos que desejam entender melhor a Colônia Holandesa no Brasil.
“Não há Wanderley que não beba; Albuquerque que não minta; Cavalcanti que não deva”: é com esse dito do “folclore do povo rural” do Nordeste, registrado por Gilberto Freyre em seu Casa-Grande e Senzala, que Gabriel Ferreira Gurian nos convida a conhecer um pouco mais da trajetória dos Van der Ley nos trópicos sob um ângulo particular. Se na máxima popular esses “Wanderley” seriam reconhecidos pela alcunha e fama de beberrões – e endógamos –, Bebidas e bebedores no Brasil Holandês vem mostrar, a partir do minucioso estudo dos usos, aplicações e impressões sobre as bebidas inebriantes e seus consumidores, que as práticas socioculturais que ligaram portugueses, naturais da terra, escravizados e flamengos entre os anos de 1624 e 1654 guardariam doses, teores e sabores dos mais variados. Ana Carolina de Carvalho Viotti, doutora em História e historiógrafa do Cedaph/Unesp
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