Eu recomendo o livro "Afetos do Conservadorismo; Tudo Bem" de Gabriel Marques Fernandes de 1978. Este livro é uma análise interessante e perspicaz da classe média brasileira na época, bem como uma reflexão sobre a forma como os afetos do conservadorismo afetam o comportamento desta classe social. Ele fornece um olhar profundo e incisivo sobre a maneira como a classe média brasileira se manifesta, e sobre a forma como ela lida com as pressões da sociedade ao seu redor.
O livro também aborda a questão da educação formal e informal, a relação entre a classe média e o poder, o papel dos meios de comunicação na construção das identidades sociais e como ela se relaciona com o desenvolvimento da cultura nacional. O autor argumenta que, ao compreender estes fatores, podemos entender melhor a forma como as pessoas organize suas práticas sociais e culturais.
Além disso, o autor mostra como o conservadorismo é visto como algo positivo por parte da classe média, e como esta percepção tem influenciado a maneira como ela se manifesta e age na sociedade. O livro também discute os efeitos do conservadorismo na formação de identidades culturais e na aceitação ou rejeição de certos comportamentos.
Em suma, este livro trata sobre um assunto muito interessante e importante para quem está interessado em compreender melhor a sociedade brasileira. Ele apresenta um olhar profundo e crítico sobre a classe média brasileira e como ela se relaciona com o conservadorismo. Por isso, recomendo fortemente a leitura desta obra.
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O livro Afetos do Conservadorismo: Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978) – desnudando a classe média brasileira, propõe investigar, historicamente, o longa-metragem Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978), com o intuito de estudar o setor conservador da classe média urbana brasileira, problematizando as relações entre Arte e Sociedade dentro do campo de História-Cinema. Tomando como fontes principais as críticas de arte, roteiro e versões audiovisuais do filme, indagando-as a partir de uma interação interdisciplinar com os Estudos Literários e a Psicologia Social (tendo como ferramenta teórico-metodológica central a Estética da Recepção de Wolfgang Iser – nas perspectivas de Alcides Freire Ramos e Rosangela Patriota), entende-se que: frente à Crise Petrolífera Mundial (1973 – 1979), insatisfeitos com a gestão do Governo Ernesto Geisel (que privilegiava o pagamento dos capitais estrangeiros ao invés de resolver o problema econômico dos assalariados) para conter a corrosão monetária, a Família Barata, por meio do conflito entre os Fantasmas (Integralistas, Industrial e Poeta) da memória histórica do patriarca Juarez Ramos Barata, representada de forma psicológica, decide deixar seu nacionalismo de lado e se unir com uma nova multinacional: um comportamento conservador. Tudo Bem, então, desnuda os afetos do conservadorismo (Angústia, Culpa e Medo), que dão o ritmo, que são a causa, da ação do patriarca, impedindo-o de tomar rumo diferente na conjuntura da abertura política, fazendo-o refém da ideologia de matriz colonial, dependente, do projeto vencedor da plutocracia brasileira: católica e capitalista.Leia mais
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