Review: "Aborto no Brasil: Tendências e Estimativas entre 2000 e 2010"
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Eu recomendo altamente que todos leiam o livro de Erica Erthal Risi, “Aborto no Brasil: Tendências e Estimativas entre 2000 e 2010”. É um livro fascinante que oferece uma visão aprofundada das tendências e estimativas em relação ao aborto no Brasil durante o período de 2000 a 2010. O livro é extremamente bem escrito e inclui dados importantes que ajudam o leitor a compreender o tema. A abordagem científica da autora é muito clara e direta, tornando os assuntos compreensíveis mesmo para leitores leigos.
Além disso, há ótimas discussões sobre as razões do aborto e sobre como as políticas públicas e a saúde materna influenciam o aborto. A autora também apresenta dados como taxas de aborto, razões para o aborto, meios usados para abortar, o nível de conscientização dos direitos reprodutivos, práticas de saúde relacionadas ao aborto e as repercussões legais e sociais do aborto. A autora também oferece recomendações e soluções para melhorar a saúde materna e reduzir as taxas de aborto e suas complicações.
Este livro fornece informações sobre o aborto no Brasil e ajuda o leitor a compreender melhor o assunto. É um livro muito útil para os profissionais de saúde, pesquisadores, acadêmicos, líderes políticos e outros interessados neste tema. Portanto, recomendo fortemente ler este livro para obter mais informações sobre o aborto e possíveis soluções para o problema.
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A proposta da obra é traçar o perfil de internação nos hospitais públicos em decorrência do aborto, com base no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) – que representa aproximadamente 70% das internações do país -, bem como atualizar as estimativas de aborto induzido para Brasil e grandes regiões a partir do método indireto conhecido como Método da Incidência por Complicações do Aborto (AICM).
Considerando que as internações no SUS representam apenas uma parte das mulheres que provocam aborto no Brasil e que, na ilegalidade, estas internações estão sujeitas a registros incorretos, o AICM propõe correções e ajustes para estimar a incidência do aborto induzido. Serão apresentadas diversas estimativas de aborto induzido nesta obra, para finalmente serem selecionadas as estimativas intermediárias mais plausíveis ao longo da década.
Mesmo com incertezas, o resultado aponta para um grave problema de saúde pública no Brasil, ainda que as estimativas estejam decrescendo ao longo dos anos (746.244 em 2000 e 620.987 em 2010). Neste período a razão de aborto induzido por nascidos vivos (razão de aborto) variou entre 23,7 em 2000 e 21,9 em 2010, enquanto o declínio de abortos induzidos para cada mil mulheres em idade fértil (taxa de aborto) foi ainda mais significativo (15,9 em 2000 e 11,6 em 2010). Estas estimativas sugerem que o aborto continua desempenhando um papel significativo no controle da fecundidade no país, sendo necessário debate público para reformulação de leis e acesso ao aborto legal no Brasil. Leia este livro e fique por dentro do assunto!
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