Recomendo o livro "À sombra desta mangueira", de Paulo Freire, a todos aqueles que buscam um conhecimento mais profundo sobre experiências educacionais e da intelectualidade brasileira. O livro, dividido em três partes, tem por objetivo explicar os processos de libertação da educação, através de ensaios inovadores.
A primeira parte do livro discute como a história da educação tem sido escrita e reescrita. Ele discute como o conhecimento se tornou um produto, como a educação foi usada como um meio de controle social e como as práticas de educação, desde os tempos antigos, tem influenciado o desenvolvimento social.
A segunda parte do livro trata do papel da educação na promoção da igualdade social e da emancipação humana. Ele discute a importância da educação como um meio de enfrentar a exclusão social e a necessidade de se promover a cidadania.
A terceira parte do livro aborda a necessidade de se pensar a educação de forma crítica, além de discutir a importância da consciência crítica na busca pelo conhecimento. Como parte desta discussão, Freire também discute o ensino das ciências humanas e sua relação com as práticas pedagógicas.
Como conclusão, recomendo "À sombra desta mangueira" de Paulo Freire como um excelente livro para se ler. Ele é um guia útil e essencial para aqueles que buscam uma educação crítica e consciente. Além disso, o livro oferece também um olhar diferente sobre a história da educação e da intelectualidade brasileira, que ajuda a entender melhor o nosso contexto histórico e social.
Com sua contumaz lucidez, ele denuncia esta ideologia, que se pretende ser uma filosofia, que miopiza os incautos através do avanço tecnológico, este na verdade, um suporte ideológico que, sobretudo, favorece o poder material dos poderosos a serviço da manutenção do status quo; que afirma, a manhosa e manipuladoramente, a inexorabilidade de mudanças diante das injustiças; que desproblematiza o futuro, através da “insensatez e brutalidade dos burocratas”. Ao mesmo tempo, Freire esperançadamente afirma a história como possibilidade e não como determinismo, marca a diferença entre treinamento e formação, condena os dogmatismos, inclusive os dos partidos políticos progressistas e reacionários; formaliza a dialética da unidade na diversidade, mas sobretudo e veementemente, recusa a “morte da História, da utopia, dos sonhos”. Ainda nos fala da sua experiência do exílio. As reflexões políticas e éticas, postas com beleza e sabedoria em todos os momentos da escrita do À sombra desta mangueira a faz uma obra fundamental, não apenas para os profissionais da educação, que sabem que “o domínio técnico é tão importante para o profissional quanto a compreensão política o é para o cidadão” e que ambas as formações cabem aos educadores/as, mas também é fundamental àqueles que acreditam num mundo mais justo, verdadeiramente democrático, onde a formação técnica, científica e profissional seja tão importante quanto o sonho e a utopia.Ana Maria Araújo Freire
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Autor: Paulo Freire
