Review: "A Solidão da Gaiola"

A SOLIDÃO DA GAIOLA
«Se me perguntas se fui feliz… Não, não fui, não plenamente. E agora já não sei se vou a tempo de corrigir esta situação.» A Vera sente-se presa num casamento oco, e pergunta-se: Quem sou eu? Passou a vida à espera da felicidade que não chega. Aos 43 anos, ainda não escreveu o seu bestseller, nem deu a volta ao mundo, como sonhava em criança. Também não foi mãe ainda.
Frustração, raiva, depressão, angústia, vergonha, culpa… e a sensação de estar a perder o tempo, a viver uma vida sem sentido, como se estivesse presa numa gaiola.
Aos seus sonhos, regressa o Rodolfo, o primeiro amor adolescente, com quem começou a descobrir a sua essência de mulher. Com o que não contava era que aquele Príncipe Encantado voltasse à vida dela, com conversas que reacendem o desejo de ambos. É possível terem ainda uma segunda oportunidade para saldar aquela conta que ficou pendente?
Para isso, a Vera tem de saber o que sente pelo Pedro, o marido; e, sobretudo, tem de descobrir quem é. O livro das «Orações Sagradas para Despertar a Deusa Interior» vai ajudá-la nesse processo de descoberta de si própria. Antes de amar alguém, a Vera precisa de aprender a se aceitar e amar a ela.
Com quem ficará no fim? Com o marido que representa a segurança dentro da gaiola? Com aquele antigo adolescente apaixonado que volta a fazê-la sentir-se uma verdadeira Deusa do desejo? Ou, simplesmente, com ela, para cumprir os sonhos de infância?
Pelo caminho, a Vera vai encontrar a coragem para voar fora da gaiola.A Vera somos um pouco todas nós… O tempo de voar #foradagaiola chegou!
—«Quantas mulheres aceitamos que a vida é isto, paciência, o que mais posso fazer? Quantas mulheres, se nos perguntassem, quem és tu, saberíamos responder? Se tirarmos o papel de filha, esposa, mãe, trabalhadora… o que nos resta? Onde está a nossa essência, aquela com que nascemos e que foi ficando coberta com camadas e camadas de pó, por não ser usada? Como aquela sala da minha mãe, um tesouro para ela, mas que nem sequer se atrevia a pisara, para não sujar, para não estragar. Assim me sentia eu, enclausurada na minha própria gaiola e, talvez aquela escuridão dentro de mim só veio para me avisar, para me dizer que algo não estava certo, que eu tinha muito mais a fazer, que não podia conformar-me com esta vida de ir e vir que eu achava que era tudo o que merecia. Estava enganada. Eu sempre mereci mais, como todas nós».
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VIRGINIA LÓPEZ nasceu em Valladolid, Espanha. Estudou Jornalismo na Universidade Complutense de Madrid e, em 2000, o Programa Erasmus trouxe-a para Lisboa, onde vive desde então, com o marido e filhos. Até ao momento, já publicou cinco livros de «não ficção» de várias temáticas. A escritora estreia-se agora na «ficção» com este primeiro romance.
«Escrevi esta história para mim, em primeiro lugar, para me libertar de tudo aquilo que prendia a minha alma. E também escrevi este livro para ti, se é que algo do que está nele escrito, te serve. Também o escrevi pela minha mãe, pela mãe dela, por todas as mulheres que viveram antes de mim, por todas as que me acompanham neste momento, e por todas as mulheres que nascerão depois, quando eu já não estiver…
Esta não é apenas a história de amor da Vera, esta é a história de amor de todas as mulheres, porque nesta história estão todas as nossas almas, os nossos medos, as nossas frustrações. Estão também os nossos anseios, as nossas ilusões e todas as nossas esperanças».
Para saber mais: www.virginialopez.pt